E se a Taça Davis se jogasse… Como um mundial de futebol?

Isso mesmo, como um Campeonato do Mundo… De Futebol. Num formato compactado, em poucas semanas e com os — bem, digamos — melhores todos presentes, em todas as edições. Este é, pelo menos, o desejo de Novak Djokovic, número um Mundial que já venceu a Taça Davis mas que vê a prova afastar-se cada vez mais das condições ideias para contar com os jogadores de topo.

“A Taça Davis é uma prova de equipas envolvida num desporto individual, devíamos potenciá-la e organizá-la de uma forma mais apropriada.” É assim que o número um mundial, campeão com a Sérvia em 2010, começa por analisar a situação atual da maior competição anual e internacional por equipas do mundo do desporto.

Aos vinte e sete anos, Djokovic esclarece “não querer mudar completamente o desporto porque há uma grande tradição na integreidade do ténis que é conhecida por isso mesmo [não sofrer muitas alterações] mas acredito que há espaço para melhorias.” Entre elas estariam, como revela, novas datas e formatos, tais como duas semanas de competição durante as quais as equipas seriam distribuídas por grupos e, à semelhança de, por exemplo, um Campeonato do Mundo de Futebol, se apurariam depois para a fase a eliminar.

Com que propósito? Combater situações como as que têm vindo a ser vividas em particular nas últimas épocas — é o próprio quem o diz: “na última época, quando Federer e Wawrinka venceram, praticamente não havia mais jogadores de topo em competição.”

Mas Novak Djokovic não se fica por aqui. Para o campeão em título do Australian Open, a distribuição dos torneios (recorde-se que várias eliminatórias da Taça Davis estão escaladas para as semanas que se sucedem aos torneios Major) é descabida, dado que o grande intervalo de tempo entre o Australian Open e Roland Garros “não faz sentido quando comparado com o que existe entre Paris e Wimbledon.” Se a semana extra na relva que em 2015 já terá lugar antes do torneio britânico agrada ao sérvio, também um adiamento do primeiro Grand Slam do ano para “um par de semanas mais tarde” seria bem recebido.

No entanto, e como relembra,o principal problema é existirem três organizações diferentes e independentes. A ATP não pode fazer nada relativamente à calendarização da Taça Davis e torneios do Grand Slam”, que, recorde-se, são provas organizadas pela Federação Internacional de Ténis (ITF). Esta semana, foi anunciada a ‘morte’ do quinto set sem tiebreak na Davis, uma medida que agrada ao líder da hierarquia individual.

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