Felipe Cunha e Silva analisa tour sul-americana

Terminou este fim-de-semana a série de quatro torneios consecutivos disputados por Felipe Cunha e Silva na América do Sul, com o português a conseguir — entre outros resultados alcançados — celebrar a conquista de três torneios de pares. À conversa com o Ténis Portugal antes de partir para Marrocos, Cunha e Silva faz um balanço das últimas semanas.

Depois de Venezuela e Colômbia (na altura, o pupilo de João Cunha e Silva também falou ao TP), seguiram-se os torneios do Equador (ainda um Grade 1) e Perú (já Grade 2). Sobre a participação em singulares no Equador, Cunha e Silva diz não lhe ter corrido “nada bem: não me consegui adaptar às bolas tão facilmente quanto pensava e esteve muito calor; nunca tinha jogado num país com tanto calor, parecia um caldeirão.” Se a singulares revela que “não consegui atingir os objectivos”, em pares “voltei a ter uma grande semana, jogamos bem em conjunto.”

De facto, a parceria entre Felipe e o chileno Marcelo Barrios Vera revelou-se extremamente eficaz, com os dois a somarem umas meias-finais e dois troféus de campeões. “Já era a terceira semana em que jogávamos juntos e começámos a perceber como jogávamos bem e conseguimos ganhar o torneio.”

Na semana seguinte, Cunha e Silva regressou aos bons resultados em singulares ao atingir os quartos-de-final numa prova em que considera que teve “duas boas primeiras rondas. Na segunda tive dois match-points contra e consegui dar a volta ao jogo. Nos quartos-de-final voltei a ter um jogo muito duro, em que entrámos os dois bastante nervosos e com altos e baixos de concentração ao longo do jogo e acabei por perder no tiebreak do terceiro set.”

Os pares foram, uma vez mais, a melhor vertente do lisboeta de dezassete anos, que ao lado do também português Nuno Borges defendeu com sucesso o estatuto de primeiro cabeça de série, não perdendo qualquer set rumo ao título: “Jogámos pela primeira vez juntos num torneio, só tinhamos jogado juntos nos Campeonatos da Europa. Completamo-nos bastante bem e jogámos a um nível interessante durante todo o torneio, o que fez com que conseguisse trazer o último título de pares, que veio com o sabor mais simpático por estar a jogar ao lado de um português.”

Com os bons resultados no continente americano, Felipe Cunha e Silva reconhece estar “quase lá” no que à chegada a um torneio do Grand Slam já este ano diz respeito — como o próprio havia revelado ter como um dos principais objectivos para 2015. No entanto, e como o próprio reconhece, “há que continuar, ainda já bastante trabalho a fazer para merecer estar lá.” E assim é: esta tarde, embarcou rumo a Marrocos, onde disputará mais um ITF Grade 1 antes do primeiro Future algarvio.

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