Federer: “Esta é para os rapazes”

Dramáticos. Assim foram os últimos dias para o povo suíço, que viu Roger Federer abdicar da participação na final do ATP World Tour Finals e chegar a Lille, onde disputava uma inédita decisão da Taça Davis, em dúvida para o duelo com a selecção gaulesa. Chegado o domingo, o número um helvético esteve em forma e levou a sua Suíça ao lugar mais alto do ténis. Já dizia o ditado, “tudo está bem quando acaba bem.”

Uma derrota esclarecedora para Gael Monfils no dia inaugural da competição, já depois de Stan Wawrinka se ter imposto perante Jo-Wilfried Tsonga, animava a contenda e deixava os 2.700 adeptos visitantes com muitas dúvidas. A exibição em pares revelou-se, contudo, autoritária e os dados estavam lançados para que neste domingo fosse Federer, o melhor da história do país, a confirmar o inédito triunfo. Assim foi: 6-4 6-2 6-2 a Richard Gasquet e a sensação de objectivo cumprido.

No final, visivelmente entusiasmado com a vitória, Roger Federer revelou, no entanto, ser sobretudo “um triunfo para os rapazes”, e explicou: “Estou muito contente por todos os membros da equipa. O Stan esforçou-se muito nos últimos anos e teve mais um fim-de-semana incrível, foi isso que me deu a oportunidade de hoje e tenho perfeita consciência de tudo isso. Este título é para os rapazes.”

“Conquistei muitos títulos ao longo da minha carreira, não precisava deste para me impôr em nenhum aspecto ou completar algum ‘buraco’. Estou muito feliz por todos”, completou ainda o suíço, que assim adiciona a ‘saladeira’ da Taça Davis aos seus 17 títulos do Grand Slam, 82 títulos no circuito mundial e 996 vitórias em singulares.

A vitória deste fim-de-semana é, na verdade, não apenas história para Federer mas sim para os seus colegas e país: Stan Wawrinka completa um verdadeiro ano de sonho, que começou com o título no Australian Open ao qual se seguiu o triunfo no Masters 1000 de Monte Carlo; Marco Chiudinelli e Michael Lamer conquistam o tão aguardado troféu depois de terem conquistado o ponto decisivo frente à Sérvia na eliminatória inaugural e, por fim, Severin Luthi vê ser consumado o trabalho de toda uma década no comando da Suíça que, por sua vez, vence pela primeira vez a competição.

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