Uma vez mais, Petra Kvitova. Ou ‘P3tra’, como é carinhosamente apelidada pelos adeptos da modalidade nas redes sociais. Pela terceira vez em quatro anos, foi ela a grande heroína checa em mais uma aventura na Fed Cup, que apenas terminou com o título conquistado frente à Alemanha.
Em jogo estava o sabor da vitória, o orgulho, um misto de emoções. A O2 Arena de Praga recebia, pelo segundo dia consecutivo, as melhores do ano na competição enquanto em Londres, também na O2, se iniciava o ATP World Tour Finals. Não havia volta a dar: acontecesse o que acontecesse, a história tenística de 2014 ficaria a partir de hoje entregue ao circuito masculino e o título da Fed Cup seria entregue. E sorriu à equipa da casa.
Depois dos triunfos de ontem de Kvitova e Lucie Safarova perante Andrea Petkovic e Angelique Kerber, respectivamente, a equipa da casa partia com uma vantagem confortável para o dia de hoje e tinha na sua melhor jogadora a primeira grande oportunidade de selar o confronto. Não foi fácil e por diversas vezes o embate pareceu ‘perdido’ para as checas, mas, e ao cabo de 2h57′ minutos de jogo, Petra derrotou mesmo Angelique por 7-6(5) 4-6 6-4.
Não foi um duelo nada fácil. Aliás, foi sim totalmente impróprio para cardíacos: uma vez mais, a tenista germânica dispôs de uma vantagem de 4-2 no parcial inaugural (tal como ontem nos dois sets) mas não conseguiu fechar a contenda, permitindo que Kvitova — bem mais ofensiva, como demonstram os 12 ases e 70 winners apontados — conseguisse uma liderança que se viria a revelar fundamental. No terceiro parcial, a história repetiu-se, com Kerber a perder cinco jogos consecutivos, de 4-1 para 4-6.
Uma história de sucesso
Não é preciso imaginarmos um romance, a República Checa tem a história (quase) perfeita, puro exemplo de sucesso: nos últimos quatro anos, venceu por três vezes a competição — 2011 frente à Rússia, 2012 frente à Sérvia, 2014 frente à Alemanha –, sempre comandada por Petra Kvitova.
A caminhada deste ano começou, no entanto, sem a vencedora de Wimbledon, o que talvez justifique a vantagem de 2-1 obtida pela Espanha após os três primeiros encontros da eliminatória inaugural do Grupo Mundial e a necessidade de se recorrer ao encontro de pares para se apurar a vencedora.
No cômputo geral, e estando a República Checa inserida no lote oficial da Fed Cup que contabiliza ainda os títulos ganhos pela nação enquanto Checoslováquia, a equipa europeia isola-se assim no segundo lugar de selecções com mais títulos (8) conquistados na competição, ultrapassando a Austrália (7) e colocando-se ligeiramente mais perto dos Estados Unidos da América (17).