Que não seja permanente! Promete-me que regressas…

Acima de tudo, que não seja permanente. Que um dia voltes para mim, para nós, para o que é nosso. Que vás e voltes mais forte — para ficar novamente.

Não queria que fosses, não desta nem de outra forma. Custa-me, custa-me muito e não o consigo interiorizar. Desde pequeno que te conhecia e sonhava ‘ver de perto’. Queria ir ao Jamor e assim fui, conhecer a terra tão laranja e característica deste nosso Portugal. Toquei-lhe, pisei-a, sobre ela li e muito escrevi. Quero continuar a fazê-lo.

Sobre as vitórias, sobre as derrotas, os momentos marcantes. Sobre tudo aquilo que me faz respirar mais feliz e estar aqui: uma boa e duas jogadoras. Vi estrelas nascer e campeãs a afirmarem-se. Nasci para o ténis e cresci com ele. Não quero que te vás embora, não queria nada disto. Sendo sincero… Queria que tudo isto não passasse de um sonho na próxima vez que acordar. Mas é real, bem real, e tenho de o enfrentar.

Este ano, o quadro feminino do Portugal Open diz-me(nos) adeus. É um adeus triste, como todos, e que deixará saudades. É um adeus de sacrifício em busca de meios que permitam a realização do torneio masculino, que também muito me(nos) dá. Acima de tudo, é um adeus por ninguém desejado; nem por mim, nem por João Lagos ou qualquer outro membro da organização. É um adeus que dói ao ténis. Às jogadoras, aos espectadores, aos jornalistas, a Portugal.

Sei que apenas vais porque não tens alternativa. E por isso mesmo fico a torcer pelo teu regresso. Mais ou menos tarde, cá estarei para te receber sempre de braços abertos. Promete-me que regressas.

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