[Exclusivo]: Mafalda Fernandes fala sobre estreia no ranking WTA

Aos 17 anos, Mafalfa Fernandes garantiu, com uma vitória no ITF de Sharm El Sheikj, no Egipto, o seu terceiro torneio a pontuar para o ranking WTA, que lhe permitirá assim aparecer na grelha mundial pela primeira vez na sua carreira. Em declarações exclusivas ao Ténis Portugal, a atleta portuense fala das viagens e da entrada no ranking.

Agora baseada na Felner Academy, nas Caldas da Rainha, Fernandes (que entrou no quadro principal depois de ter um bye no qualifying) começou por fazer um balanço do embate frente a Disha Satish Agarwal, que bateu por 6-2 6-3: “O jogo correu bastente bem. Tive uma atitude positiva, concentrei-me bastante naquilo que os meus treinadores me disseram e no geral acho que consegui cumprir com as minhas tarefas!”

Confrontada com o facto de defrontar uma adversária mais velha (20 anos) e experiente, Fernandes confessou não se ter sentido superior “porque sabia que se não fizesse aquilo que tinha a fazer as coisas se podiam complicar”, revelando ainda viajar “ou com a minha mãe ou com o meu pai, mas sempre com a supervisão dos meus treinadores — falamos pelo Skype e pelo Facebook.”

Relativamente à vitória conquistada esta terça-feira, Mafalda diz ter ficado “bastante contente com esta vitória. No entanto, tenho os ‘pés bem assentes na terra’ porque apesar de ser um objectivo para este ano não considero esta conquista algo que deva festejar mas sim como uma motivação para o futuro. No final das contas, não ganhei nenhum torneio nem derrotei uma grande adversária.” Consciente do percurso que tem pela frente, a atleta portuguesa diz não jogar apenas para ganhar classificação: “Quero alcançar outros objectivos bem maiores e para isso preciso de trabalhar muito. Esta vitória é fruto do trabalho que tenho vindo a fazer.”

Apesar de tudo, Mafalda Fernandes admite ter sido um triunfo “bastante importante, pois não é todos os dias que se consegue obter classificação WTA, para além de que sem dúvida se torna muito útil para poder entrar em quadros principais e assim ter mais hipótese de chegar mais longe nos torneios e até para fazer o planeamento de torneios.”

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