Nuno Borges tem estado em destaque no ténis português. De página de um jornal impresso a reportagem no outro, passando por uma conversa exclusiva com a nossa equipa depois de vener o Campeonato Nacional de Júniores, o tenista de dezassete anos somou vinte e sete triunfos antes de cair apenas aos pés de Rui Machado, ex-top60 mundial, na segunda ronda do Nacional Absoluto. Ao Ténis Portugal, Nuno fala das duas provas, do embate e das próximas semanas.
“Esta foi a minha segunda participação [no Campeonato Nacional Absoluto] mas certamente a que foi melhor organizada. Sabia que vinha para o torneio sem pressão e o mais importante era ganhar experiência em torneios desta importância e fazer bons jogos”, começou por confessar em exclusivo à nossa equipa.
Na primeira ronda, Borges derrotou Eduardo Lameiras (número 8 nacional) por claros 6-1 6-2, tendo depois medido forças com Rui Machado (1-6 2-6). “Senti que joguei bem, principalmente contra o Rui e apesar de ter tido muitas oportunidades que não aproveitei”, reconheceu. “Fiquei muito surpreendido pela forma como joguei contra o Rui Machado e também rapidez dele a chegar as bolas e a intensidade elevadíssima do jogo dele. Senti que joguei bem acima do meu nível mas mesmo assim não tive grandes hipóteses de ganhar.”
Em relação à transição Nacional de Júniores (onde venceu) e Nacional Absoluto num curto espaço de tempo, Nuno revela que “as diferenças não são assim tantas, apenas existem jogadores com mais físico e mais preparados que os juniores, para além da mentalidade ser mais competitiva e funcionar melhor. Acho que o ténis de ambos os escalões não é assim tão diferente.”
Nas próximas semanas, Nuno Borges — que reval ter gostado muito da experiência e poder voltar a defrontar jogadores do nível de Machado — disputará três dos Futures que terão lugar em Portugal: Oliveira de Azeméis, Porto e Elvas. A sua participação nos torneios dos Açores ainda não é certa.