Onze. É este o número presente no perfil de Rod no website do circuito masculino, assim como em páginas como a Wikipédia. Porquê? Porque em 1963 o australiano se tornou tenista profissional, indo contra as regras dos torneios do Grand Slam – que apenas admitiam jogadores amadores. Assim, e antes do início da Era Open em 1968, Laver falhou cinco(!) anos de torneios Major, isto é, vinte provas. Em que número se transformaria o ’11’ após estes vinte torneios?
As dúvidas ficarão para sempre no ar e nem o próprio se atreve a adivinhar (“não consigo prever quantos títulos teria ganho”), mas há muitos outros dados que o colocam não em quinto mas nos dois primeiros lugares relativamente ao melhor tenista de sempre: integra o lote de sete atletas a completar o Grand Slam de carreira, conquistou por duas vezes os quatro torneios Major na mesma temporada (o único até então) e celebrou não uma, não duas, mas cinco Taças Davis.
Na verdade, são muitos os números que, por não existência da entidade na altura/diferença de regras, não são admitidos no perfil oficial de Laver: com cerca de 200 títulos conquistados, o australiano passou sete temporadas consecutivas (1964-1970) no primeiro lugar do ranking, que também ocupou em 1961 e 1962, sendo que na ATP (rankings contabilizados apenas a partir de 1973) vê reconhecido o terceiro posto alcançado em 1974.
E se os números (desconhecidos por muitos?) apresentados são impressionantes, o que dizer dos históricos e inéditos vinte e dois troféus levantados em 1962 e dos sete anos consecutivos (1964-1970) a ganhar pelo menos 10 torneios por temporada?
Não fossem Rod e Roger duas das maiores figuras da história da modalidade, independentemente dos registos conhecidos, e todos estes números não estariam envolvidos num entusiasmante mistério originado pela criação da Era Open.