Se pensa que os conflitos internacionais já não perturbam a atividade desportiva, mais precisamente o ténis, engana-se. Há pouco mais de vinte anos, jogadores como Novak Djokovic e Ana Ivanovic refugiavam-se de bombardeamentos por baixo de campos de ténis, hoje, a Argentina mostra-se preocupada com os conflitos registados na Faixa de Gaza e pede à ITF a mudança de palco para a eliminatória com Israel.
Em jogo está o apuramento para o Grupo Mundial na época de 2015 e a Federação Internacional de Ténis (ITF) havia declarado ser Tel Aviv o palco escolhido para o encontro, disputado logo após o US Open, mas a Federação de Ténis Argentina (AAT) mostra-se preocupada com os conflitos e submeteu um pedido excepcional.
“Estamos preocupados. Comunicámos com a ITF, que promete tomar uma decisão na sexta-feira”, começou por afirmar Arturo Grimaldi, o Presidente da Federação de Ténis Argentina, em declarações ao canal desportivo TyC Sports.
Segundo Grimaldi, existem duas possibilidades em cima da mesa: “Uma delas é Israel desistir do factor casa, a outra é mudarmos a realização do embate para a Grécia (Atenas) ou Chipre.” No entanto, para a AAT “o melhor seria jogar-se em Buenos Aires, mas esta é uma hipótese muito remota e a ITF normalmente não toma decisões como esta.”
Enquanto o Presidente conclui o comunicado afirmando que a Argentina vai a jogo mesmo que o embate continue a ser em Tel Aviv, o movimento não é, de facto, inédito no mundo do desporto: a UEFA (Union of European Football Associations) proibiu recentemente toda a atividade profissional relacionada com o futebol em Israel.
