Wimbledon. Relva. Branco. Classe. Quando pensamos na primeira, são muito provavelmente as restantes as palavras que se seguem. No entanto, o Major britânico – adorado por muitos – não se resume a tradições bonitas. A falta de iluminação artificial, a restrita programação e pouca flexibilidade revelam-se, mais tarde ou mais cedo, e este sábado muitos dos atletas acabaram por sofrer com as ‘regras’ do All England Club.
Primeiro a chuva, depois a falta de luz natural. Rapidamente surgiram os primeiros cancelamentos do dia e, como habitualmente, os encontros de juniores e pares ficaram para a jornada de segunda-feira; no entanto, e com a precipitação a manter-se em SW19, a organização foi forçada a adiar encontros de singulares – os embates entre Wawrinka/Istomin & Isner/Lopez foram os primeiros a tomar esse caminho.
Pouco mais tarde, e porque como manda a tradição no Centre Court apenas se disputam três encontros, Maria Sharapova preparava-se para concluir o seu encontro (o segundo do dia no maior estádio do All England Club); por esta altura, retiravam-se as lonas dos courts secundários, mas era certo que nem todos os embates podiam ser terminados.
Ivanovic e Lisicki foram inexplicavelmente forçadas a aguardar por largos minutos até poder entrar em acção no Court No. 1 (afinal, Cornet ‘cozinhava’ a sua vitória perante Williams) quando, na verdade, o Centre Court já havia visto Roger Federer selar o último encontro do dia.
Tal como o duelo sérvio-germânico (6-4 1-1 para a vice-campeã em título, Lisicki), também os duelos entre Madison Keys/Yaroslava Shvedova (6-7 6-6) e Simone Bolelli/Kei Nishikori (6-3 3-6 6-4 6-7 3-3) foram suspensos. O lado negativo? Em Wimbledon, e uma vez mais como manda a tradição, não se joga ao domingo. Nunca se jogou, nunca se jogará – e isto implica que os seus atletas tenham de esperar até segunda-feira para retomar os seus encontros. Os vencedores, claro, terão de regressar ao court mais tarde para voltar a entrar em acção na famosa ‘Manic Monday’.