A Opinião de Pedro Cordeiro #1

Pedro Cordeiro, que ao longo da última década assumiu funções de capitão das equipas portuguesas na Taça Davis e Fed Cup, é o mais recente convidado pela equipa do Ténis Portugal para partilhar com os nossos leitores a sua opinião sobre os mais variados assuntos relacionados com a modalidade.

Esta semana, em pleno Portugal Open, o técnico português que aguarda com Pedro Sousa a melhor recuperação possível para poderem voltar à competição fala-nos do momento actual do ténis português, da importância do maior torneio disputado em solo nacional e, ainda, do regresso de algumas ‘lendas’ da modalidade ao circuito para assumirem o papel de treinadores.

Em relação ao panorama actual do ténis português, Cordeiro considera assistir-se “nos últimos anos a uma melhoria de resultados, traduzida na chegada de Frederico Gil, Rui Machado e João Sousa ao ténis mundial”, dado que “isto permite aos mais jovens acreditar que também podem lá chegar, mas para tal é preciso investir bastante – quer em termos financeiros quer de acompanhamento”. No entanto, Pedro Cordeiro considera que em Portugal “existem ainda poucos apoios” para aqueles que se aventuram no ténis profissional.

Em relação ao Portugal Open, continua para o técnico portuense a ser “um marco do ténis português que muito tem contribuído para a melhoria do nosso ténis, pois qualquer jogador ou treinador aborda este torneio de uma forma mais apaixonada e especial” visto tratar-se de uma “montra que pode servir para que no futuro se percorra o melhor caminho”, e conclui: “O Sonho de qualquer tenista português é ser campeão do Portugal Open.”Ainda à conversa com a nossa equipa, Pedro Cordeiro considera que “para os ex-jogadores de topo, ressurgir na pele de treinador é uma forma de transmitir experiência e conhecimento – principalmente na parte mental, apesar de num ou outro aspecto específico na área técnico-táctica poderem trazer mais valias para os atletas quando estes são de topo.”

Como conclusão, Cordeiro baseia-se numa citação recente de Andre Agassi [“Se optasse pela carreira de treinador não estaria com o melhor do mundo, mas com aquele que estivesse mais longe do seu potencial”]: “Perante esta afirmação, os grandes nomes do passado ficam com um grande desafio pela frente pois aí sim, seria possível avaliar o seu trabalho sem retirar métido, por exemplo, àquilo que o Lendl potenciou, a todos os níveis, no Murray e que foi o pioneiro nestas ligações de ex-jogadores de top com atuais top.”

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