Com Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray a liderarem o circuito nos últimos anos e a darem poucas hipóteses aos adversários nos torneios do Grand Slam, era justo dizer que a David Ferrer faltava, pelo menos, um ATP Masters 1000 no seu currículo.
Esta tarde, no Palácio dos Desportos de Paris-Bercy, o jogador espanhol colocou um ponto final no percurso de sonho do polaco Jerwy Janowicz e ajoelhou-se perante o mundo, erguendo minutos depois o título por que tanto lutou ao longo de toda a sua carreira.
Habitualmente desfalcado por alguns jogadores devido à proximidade ao World Tour Finals (que se disputa a partir desta segunda-feira na O2 Arena de Londres), o Masters 1000 de Paris não deixou de oferecer bons jogos e de nenhuma desculpa servem as eliminações precoces de alguns cabeças de série. Fez-se justiça, se é que ela existe no ténis, ao declarar David Ferrer como o novo campeão do torneio.
Este ano, Ferrer já havia alcançado as meias-finais em Roland Garros e no US Open (dois dos seus melhores resultados de sempre em torneios major) e, depois do troféu em Valência liderava, a par com Roger Federer, a lista de jogadores com mais títulos na presente temporada. Hoje, com o triunfo por 6-4 6-3 sobre Janowiz, aumentou para sete o número de troféus de campeão conquistados em 2012, somando ainda mais vitórias (72) que qualquer jogador no ano.
Número quatro em 2008, o jogador espanhol de trinta anos está ainda longe de alcançar o seu compatriota Rafael Nadal no ranking mundial, mas parte para Londres como um dos principais candidatos ao título e embalado para mais uma temporada de sucesso em 2013.
Quanto a Janowicz, que no início do ano falhou a participação no Australian Open devido a falta de fundos monetários para cobrir as despesas, só tem motivos para estar satisfeito: ultrapassou a fase de qualificação, derrotou cinco jogadores do top20 (entre os quais o campeão olímpico e vencedor do US Open, Andy Murray) e subirá do 69º para o 26º lugar na hierarquia mundial ATP.