WTA estuda forma de estender a época, ATP mantém planos mas não descarta nenhuma hipótese

Com os calendários do avesso, a WTA e a ATP estão a analisar várias possibilidades em relação ao que restará de 2020 e uma das possibilidades é “colar” o fim da época atual como o início da seguinte. A ideia não agrada a todos mas para já nenhuma solução é descartada — porque as circunstâncias assim o exigem.

“estamos a trabalhar com os nossos torneios para maximizar as possibilidades de rendimento quando o ténis profissional puder regressar e por isso estamos a considerar a extensão das 44 semanas de época para possibilitar que mais torneios aconteçam”, disse Steve Simon, Presidente da WTA, à Associated Press (AP) numa declaração por e-mail.

A ideia não agrada de igual forma à ATP, cujo Presidente Andrea Gaudenzi fez saber que idealmente o circuito gostaria de manter o final da época em novembro caso a competição possa ser retomada em novembro. Mas porque as circunstâncias não dão aso a luxos, “neste momento nada está descartado.”

“Estamos a analisar vários calendários revistos com base em várias datas diferentes do retorno do circuito com o objetivo de reagendarmos tantos torneios quanto possível”, acrescentou, salientando que o objetivo é “salvar o máximo possível da época assim que por possível retomarmos o nosso circuito”.

Nos últimos dias tem crescido a discussão relativa à falta de apoios e estabilidade para os jogadores profissionais — sobretudo aqueles que estão fora do top 100 e, por isso, mal conseguem atingir o equilíbrio financeiro. Patrick Mouratoglou, o treinador de Serena Williams e também de Stefanos Tsitsipas, juntou-se ao coro de queixosos alertando para a necessidade de apoiar um grupo de jogadores sem os quais o ténis não sobrevive. E dois dias antes o torneio de Madrid já tinha anunciado uma iniciativa inédita que para além de entreter tem como principal objetivo distribuir fundos por esse grupo de tenistas.

Também à AP, Steve Simon avançou que “infelizmente a WTA não está numa posição financeira que permita compensar toda a gente, especialmente aqueles que mais precisam, ao nível do que eles esperavam.”

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