Suspenso por doping, Jarry defende-se: “Tudo indica que é um caso de contaminação cruzada”

Depois de uma jornada inaugural muito atribulada no Australian Open, o mundo do ténis acordou com uma notícia chocante: Nicolás Jarry, o número 78 do mundo, foi suspenso provisoriamente depois de acusar positivo num controlo anti-doping. É o caso mais sonante desde a punição aplicada a Maria Sharapova.

Em causa estão dois testes realizados no mês de novembro, em Madrid, durante as Davis Cup Finals e através dos quais o Programa de Anti-Doping da Federação Internacional de Ténis encontrou duas substâncias proibidas: Ligandrol e Stanozolol.

Mas Nicolás Jarry diz-se inocente e num longo comunicado publicado nas redes sociais já reagiu ao caso: “Nunca tomei deliberadamente ou intencionalmente nenhuma substância proibida em toda a minha carreira como jogador de ténis e na verdade sou totalmente contra o doping. Nesse sentido, vou dedicar os próximos dias e semanas a perceber de onde é que estas substâncias vieram para a minha equipa de advogados poder clarificar por completo esta situação.”

“Enquanto estava a jogar a Taça Davis pelo Chile submeti dois testes de urina. O primeiro estava limpo e no segundo foram detetadas duas substâncias proibidas. Os níveis destas substâncias são tão baixos que equivalem a trilionésimos de uma grama, tão baixos que nenhuma das substâncias me poderia ter dado qualquer beneficio”, explicou Jarry.

“Este episódio apanhou-me a mim e aos que me são próximos de surpresa e para além de provar a minha inocência — sobre a qual não tenho quaisquer dúvidas — quero usar o que me está a acontecer como um exemplo para os jogadores mais novos de forma a que casos como este nunca mais aconteçam. Digo isto porque tudo indica que se trata de uma contaminação cruzada de multivitaminas feitas no Brasil que o meu médico me recomendou e eu tomei porque me foi garantido que estavam livres da lista de substâncias proibidas.”

Atualizado às 16h01.

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