Considerado um dos jogadores mais talentosos da nova geração, Denis Shapovalov (34.º do ranking) arriscava-se a tornar-se detentor de um recorde pouco — ou mesmo nada — desejável. Mas conseguiu contornar a história pela negativa e colocar um ponto final no enguiço: à oitava tentativa, carimbou finalmente o apuramento para uma final no circuito ATP.
Derrotado nas meias-finais do Masters 1000 de Montreal (2017), Madrid (2018) e Miami (2019), do ATP 500 de Tóquio (2018) e dos ATP 250 de Delray Beach (2018), Winston-Salem e Chengdu (ambos em 2019), o canadiano de 20 anos derrotou o lucky loser japonês Yuichi Sugita, de 31, em duas partidas, com os parciais de 7-5 e 6-2.
Depois de um início nervoso de parte a parte, Shapovalov conseguiu fazer uso do maior arsenal de que dispõe e forçar o desgaste físico de Sugita (na véspera tinha ganho uma batalha de três horas contra Janko Tipsarevic, que ainda salvou nove match points) para ganhar à vontade no marcador e não só vencer o primeiro parcial da carreira em meias-finais como, pouco depois, carimbar também a primeira vitória em fases tão adiantadas.
Superada a barreira das meias-finais, Denis Shapovalov parte agora em busca do primeiro título na “divisão principal” do circuito masculino. E do outro lado terá um jogador em condições semelhantes: apesar de já ter disputado duas decisões (Masters 1000 de Paris, em 2017, e Budapeste, já esta época), Filip Krajinovic (60.º) também quer tornar-se no 15.º novo campeão do ano. Nas meias-finais, o sérvio recuperou da desvantagem de um set para superar o quinto cabeça de série, Pablo Carreño Busta, por 4-6, 6-3 e 6-3.
