Kyrgios salva um match point e derrota Tsitsipas rumo à final de Washington

A noite prometia e não desiludiu: em Washington, Nick Kyrgios salvou um match point e derrotou Stefanos Tsitsipas no primeiro de vários capítulos da rivalidade entre dois jogadores que até tinham começado a semana a jogar lado a lado.

Inicialmente rivais fora do campo — as perspetivas de cada um não pareciam encaixar e mesmo sem terem estado frente a frente já tinham criado um ambiente tenso entre ambos —, o australiano e o grego mudaram de opiniões, decidiram ir a jogo na variante de pares e o resultado foi tão positivo que combinaram fazê-lo novamente já em Cincinnati.

Mas nesta madrugada tudo se resumia à variante de singulares e a um encontro que tinha em jogo um lugar na grande final. E aí não faltou, uma vez mais, espetáculo, com Nick Kyrgios a revelar-se o mais forte ao cabo de 128 para vencer, com os parciais de 6-4, 3-6 e 7-6(7).

Depois de dois sets amenos, em que alternou entre o bom e um ténis “assim assim” e o espetáculo a que já nos habituou, o australiano elevou o nível e conseguiu manter-se taco a taco com Stefanos Tsitsipas (que independentemente da derrota tem garantida a estreia no top 5 já na próxima semana) durante todo o terceiro set.

E até foi o grego quem começou por estar mais perto da vitória, mas o match point de que dispôs ao 6-5 do tie-break não foi suficiente e, num piscar de olhos e graças a uma eficaz combinação de direita, acabou por ser Nick Kyrgios a celebrar a vitória.

“Está a ser uma semana extraordinária. É provavelmente uma das melhores semanas de torneio da minha vida”, revelou o atual número 52 do mundo logo após o encontro. “Tenho-me divertido muito aqui em D.C. e o público tem sido fantástico. Estou a fazer as coisas certas, a ter as mesmas rotinas todos os dias e a tentar melhorar muito em pequenas coisas, como hábitos. E isso está a dar resultado.”

A final em Washington será a segunda do ano para Nick Kyrgios em torneios da categoria ATP 500, ele que já tinha brilhado em Acapulco, no México, para ficar com o mais desejado dos troféus. O derradeiro adversário do ex-vice-campeão do Millennium Estoril Open (que com esta campanha já tem garantida a ascensão ao 34.º posto — 27.º se conseguir vencer a final) é Daniil Medvedev (10.º), russo que continua a exibir-se de forma autoritária e na segunda meia-final precisou de apenas 56 minutos para colocar um ponto final na campanha do lucky loser alemão Peter Gojowczyk: 6-2 e 6-2 foram os parciais de uma vitória que nunca esteve em risco.

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