CiCi Bellis, do sonho ao inferno das lesões e três idas à mesa de operações

Catherine “CiCi” Bellis

Catherine Cartan Bellis nasceu a 8 de abril de 1999 em São Francisco e deu os primeiros passos no ténis aos 3 anos. Explodiu para o estrelato muito nova e fez antever uma carreira de enorme sucesso. Mas agora está há um ano afastada dos courts e envolvida num calvário de lesões que nos últimos 12 meses a obrigou a sujeitar-se a três cirurgias. E agora?

Quando, em setembro de 2014, uma desconhecida de apenas 15 anos eliminou a 12.ª classificada do ranking mundial no US Open, o mundo do ténis ficou a conhecer a mais jovem jogadora a ganhar um encontro no Major norte-americano desde a tão popular Anna Kournikova, em 1996.

Nome Catherine Bellis, alcunha CiCi Bellis.

A partir desse dia, a menina de 1.68m de altura nunca mais pararia de surpreender os mais atentos seguidores do ténis. De tal forma que o estatuto de número um mundial de juniores com que fechou esse mesmo ano foi rapidamente “relegado” para o segundo escalão de informações mais importantes de uma ainda tão curta carreira.

Com 7 títulos ITF de singulares e dois em pares, CiCi entrou para o top 100 pela primeira vez em 2016, ano em que se tornou profissional escolhendo o desporto em vez de uma pacata vida numa das mais conceituadas universidades norte-americanas, Stanford University. Antes, em 2014, já tinha sido forçada a tomar uma decisão difícil em prol da carreira: recusar os 140.000 dólares (!) ganhos pela prestação no US Open para poder continuar a competir no circuito junior.

Só que em 2017 começaram os problemas físicos: como contou recentemente numa publicação feita na conta Behind The Racquet, criada pelo jogador Noah Rubin para partilhar pensamentos e histórias para além dos courts, quando perdeu na primeira ronda do torneio de Monterrey, no México, esteve quatro dias com dores no braço e foi-lhe diagnosticada uma tendinite e receitados anti-inflamatórios.

Porque não queria perder tempo de competição, Bellis jogou cinco meses nestas condições e chegou a atingir as meias-finais dos WTAs de Maiorca (na Academia de Rafa Nadal) e de Stanford (este de categoria Premier). Os resultados levaram-na ao 35.º posto do ranking mundial e fizeram dela a mais jovem tenista a figurar no top 50.

Só que os problemas físicos depressa se revelaram bem mais graves do que o esperado: em 2018, enquanto estava a competir no Dubai, Bellis sentiu um tal desconforto que o descreveu como um “estalar” do cotovelo em pleno encontro dos quartos de final.

A norte-americana teve de ser operada ao pulso pela primeira vez e meses mais tarde foi submetida a uma nova cirurgia, esta no cotovelo. O pesadelo, esse, não terminou por aqui: quando já treinava novamente, CiCi Bellis voltou a sentir dores no pulso e teve de ser intervencionada uma vez mais, em novembro último. A terceira operação afastou-a dos courts por tempo indeterminado.

Com 20 anos completados este mês, e apesar de ausente do circuito, Bellis continua, ainda assim, a ser um dos maiores prodígios do desporto e já reúne uma grande massa de fãs.  Se voltará a pisar um court de ténis em condições de competir com as melhores? Só o tempo o dirá…

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