Duas semanas depois de discutirem o título num Challenger, Paire e Andujar vão fazê-lo num ATP

Em março num Challenger, em abril num ATP.

Benoit Paire e Pablo Andujar mediram forças na final do Challenger de Marbella há duas semanas e este domingo vão voltar a fazê-lo — agora na final do ATP 250 de Marraquexe, o único torneio desta categoria a disputar-se no continente sul-africano.

Para o tenista francês, a chegada à final surge como uma grande surpresa, enquanto em relação ao espanhol não se pode dizer o mesmo.

Tão imprevisível em resultados como temperamental no feitio, Benoit Paire não estava a viver um bom começo de época e não inscrevia o nome numa final ATP desde setembro de 2017, pelo que as vitórias sobre Aljaz Bedene (3-6, 6-4 e 7-5), Pierre-Hughes Herbert (6-4 e 6-2), Jaume Munar (6-1 e 6-3) e Jo-Wilfried Tsonga (2-6, 6-4 e 6-3), esta última nas meias-finais, formam uma campanha extremamente surpreendente.

Já Pablo Andujar, tem sido protagonista de um extraordinário regresso desde que voltou a pisar os courts em 2018. O espanhol de 33 anos esteve ausente variadísimas lesões e já ganhou 1.700 lugares no ranking, em grande parte graças à enorme “fome” e sucesso que voltou a revelar ter no circuito Challenger. Para além disso, pode ser considerado um “segundo rei” de Marrocos, ou não contasse ele no currículo com três finais ATP por lá disputadas (todas convertidas em títulos: Casablanca em 2011 e 2012 e Marraquexe em 2018).

Ainda assim, o nível apresentado pelo espanhol impressiona e depois de dois títulos consecutivos em Challengers (Marbella e Alicante) já soma 13 triunfos consecutivos: em Marraquexe, começou por bater Federico Delbonis por 7-6(6) e 6-3, depois Philipp Kohlschreiber por 7-6(6) e 6-4 e, este sábado (nos quartos de final teve um walkover), o quarto cabeça de série Gilles Simon por esclarecedores 6-1 e 6-1.

E assim chegamos ao segundo encontro em 15 dias entre Benoit Paire e Pablo Andujar. O frente a frente, esse, é no mínimo curioso: o francês venceu os três primeiros encontros da história entre ambos (dois dos quais disputados no pó de tijolo) e até esteve a liderar por 6-4 e 5-2 na final do Challenger de Marbella, onde o espanhol acabou por conseguir dar a volta para somar o primeiro triunfo em duelos entre ambos.

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