No paraíso francês, Jo-Wilfried Tsonga encerra jejum de títulos de 16 meses

Jo-Wilfried Tsonga
Fotografia: Open Sud de France

Que palco melhor do que o do ATP 250 de Montpellier para um jogador como Jo-Wilfried Tsonga (210.º ATP) regressar aos títulos?

Depois de uma época negra marcada por uma lesão (e consequente operação) no joelho esquerdo que o fez descer até à 262.ª posição do ranking, o gaulês de 33 anos levou a melhor num duelo de compatriotas frente a Pierre-Hugues Herbert, por 6-4 e 6-2, para conquistar o primeiro título dos últimos 16 meses.

Totalmente recuperado dos problemas físicos que fizeram da temporada de 2018 uma para esquecer, Tsonga reencontrou o seu melhor ténis naquele que tinha sido o último evento antes da operação e um que se tem habituado — e de que maneira — a coroar jogadores da casa: desde que se mudou de Lyon para a cidade de Montpellier, em 2010, só em duas ocasiões (2012, pelas mãos de Tomas Berdych, e 2017, por Alexander Zverev) o título escapou a tenistas franceses.

Mais impressionante é ainda o elenco dessas finais, já que dos 18 finalistas que compõem as nove edições já realizadas (em 2011 o torneio não foi para a frente) 14 são franceses:

  • 2010: Gael Monfils derrotou Ivan Ljubicic (6-2, 5-7 e 6-1)
  • 2012: Tomas Berdych derrotou Gael Monfils (6-2, 4-6 e 6-3)
  • 2013: Richard Gasquet derrotou Benoit Paire (6-2 e 6-3)
  • 2014: Gael Monfils derrotou Richard Gasquet (6-4 e 6-4)
  • 2015: Richard Gasquet derrotou Jerzy Janowicz (3-0 e desistência)
  • 2016: Richard Gasquet derrotou Paul-Henri Mathieu (7-5 e 6-4)
  • 2017: Alexander Zverev derrotou Richard Gasquet (7-6[4] e 6-3)
  • 2018: Lucas Pouille derrotou Richard Gasquet (7-6[4] e 6-4)
  • 2019: Jo-Wilfried Tsonga derrotou Pierre-Hugues Herbert (6-4 e 6-2)

A vitória de Jo-Wilfried Tsonga no Open Sud de France o pior classificado a erguer um título no circuito ATP desde que o espanhol Pablo Andujar se sagrou campeão do torneio de Marraquexe, em Marrocos, em abril de 2018. Esta foi a 17.ª vitória do tenista gaulês em decisões, ele que conta ainda com 12 finais perdidas.

Graças ao título, Tsonga adiciona 160 pontos ao ranking (em 2018 tinha atingido as meias-finais) e vai subir cerca de 70 posições.

Já Herbert, terá de continuar a lutar pelo primeiro título (perdeu a sua terceira final disputada) mas só no que à variante de singulares diz respeito, ou não fosse ele um dos maiores especialistas de pares e, desde o último Australian Open, detentor de um Grande Slam de carreira graças à parceria de sucesso com o também francês Nicolas Mahut — os dois tornaram-se, aliás, na oitava dupla da história a celebrar o feito lado a lado.

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