Autoridades espanholas detêm 28 tenistas profissionais por manipulação de resultados

A Europol anunciou, esta quinta-feira, uma megaoperação liderada pela Guarda Civil Espanhola que resultou na detenção de 83 indivíduos devido a manipulação de resultados. Entre eles, 28 serão tenistas profissionais e um terá estado no último US Open.

No comunicado publicado no website oficial da agência responsável por garantir o cumprimento da legislação da União Europeia lê-se que “um grupo de criminosos organizados envolvidos na manipulação de competições profissionais de ténis foi desmantelado” depois de uma megaoperação.

Iniciada em 2017, a investigação concluiu que “os suspeitos subornaram jogadores profissionais para garantirem resultados pré-determinados e utilizaram as identidades de milhares de cidadãos para apostarem em encontros pré-combinados.”

A Europol adiantou ainda que “um grupo de criminosos da Arménia utilizou um tenista profissional, que serviu de ligação entre o gang e o resto dos elementos criminosos. Depois de subornarem os jogadores, os membros deste grupo marcaram presença nos encontros para se certificarem de que os jogadores cumpriam o que tinha sido previamente combinado e deram ordens aos restantes membros do grupo para que avançassem com mais apostas.”

No “dia de ação” foram revistadas “11 casas e apreendidos 167.000 euros em dinheiro, uma arma de foto, mais de 50 dispositivos eletrónicos, cartões de crédito, cinco veículos de luxo e documentação relacionada com o caso”.

Apesar de não terem sido revelados quaisquer nomes, a agência Reuters noticia que “os 28 jogadores profissionais competiam entre torneios Future e Challenger” e que “um dos jogadores cuja identidade não foi revelada participou no US Open 2018.”

Na véspera, a Unidade de Integridade do Ténis (TIU) tinha anunciado que em 2018 foram sancionados mais jogadores do que em qualquer ano pela violação das regras de anti-corrupção. No total, “21 jogadores violaram as regras e a maioria foi sancionada por manipulação de resultados, enquanto oito foram banidos para a vida.

O caso mais recente é o de Daniele Bracciali, que chegou a figurar no top 50 do ranking de singulares, conquistou um título de pares em 2018 e já tinha chegado, em tempos, às meias-finais de Roland Garros também na variante de pares.

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