Suíça de Federer derrota EUA de Serena num encontro que ficará para a história

Campeões, ídolos, lendas. Considerados por muitos como os maiores campeões dos circuitos masculino e feminino, respetivamente, Roger Federer e Serena Williams estiveram frente a frente pela primeira vez esta terça-feira e no final a vitória sorriu à Suíça, que assim fechou com nova vitória mais um dia de Hopman Cup.

Com um enorme simbolismo, o encontro tornou-se rapidamente num dos mais aguardados desde que foi anunciado e ganhou ainda mais importância depois de Serena Williams derrotar Belinda Bencic, por 4-6, 6-4 e 6-3, para igualar o confronto entre EUA e Suíça — antes, Roger Federer tinha passado facilmente (6-4 e 6-1) por Frances Tiafoe, o norte-americano que no Clube de Ténis do Estoril disputou a primeira final de torneios ATP em terra batida.

É justo descrevê-lo como um dos encontros mais aguardados da história, ou pelo menos um dos que reúne maior simbolismo, bem como considerá-lo a melhor forma possível da Hopman Cup fazer a sua mais que provável despedida.

Foi, no fundo, uma ode ao ténis e à própria competição, com dois dos maiores tenistas de todos os tempos a formarem parceria com os nomes mais promissores dos respetivos países — aqui na pele de atores secundários, ou não fossem Roger Federer e Serena Williams dois dos maiores nomes da história do ténis e, também, do desporto.

E não podia acontecer noutro palco: organizada há 31 anos, a Hopman Cup é um dos poucos torneios a conseguir reunir um grande número de estrelas num formato pouco habitual — em Perth, os tenistas representam o seu país e as equipas são formadas por um jogador e uma jogadora que em cada jornada disputam sempre um encontro de pares mistos.

O encontro não será propriamente recordado pelo ténis produzido: sim, houve pontos divertidos e foi uma constante ver-se quer Federer, quer Serena tentarem investidas claramente destinadas um ao outro, mas quer o formato (os pares mistos são disputados no formato de Fast4Tennis, ou seja, os sets terminam aos quatro jogos) quer a circunstância — a eliminatória decidia-se aqui… — impediram o espetáculo de atingir os níveis mais desejados, até porque o encontro terminou ao cabo de 49 minutos, com os parciais de 4-2 e 4-3(3).

Houve, no entanto, espaço suficiente para os quatro jogadores darem aos 15.000 espetadores presentes em Perth e aos milhões de fãs a assistirem em casa momentos divertidos, com trocas de bola e investidas atrevidas, sempre à procura de um ponto que pudesse ser imortalizado.

Para a história fica, definitivamente, a ocasião — ambos os jogadores disseram, nas várias antevisões ao encontro, que nunca mais voltaria a acontecer — e, claro, o resultado, que permite à campeã em título Suíça cimentar a liderança do grupo, distanciando-se dos recordistas Estados Unidos da América (seis títulos conquistados na Hopman Cup, o último dos quais em 2011 pelas mãos de Bethanie Mattek-Sands e John Isner).

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