Encontro épico dá sexto título em nove anos à República Checa na Fed Cup

República Checa
Fotografia: Daniel Kopatsch

Praga, salão de festas não oficial da República Checa na Fed Cup. Primeiro em 2012, depois em 2014, 2015 e, agora, em 2018. A capital voltou a ser palco da festa checa, com a equipa da casa a derrotar os Estados Unidos da América, por 3-0, para vencer a competição pela sexta vez em nove anos e chegar aos 11 títulos.

Desfalcada das principais estrelas de ambos os países (do lado norte-americano Serena Williams, Venus Williams, Sloane Stephens e Madison Keys não marcaram presença, enquanto na equipa checa Karolina Pliskova esteve ausente devido a lesão e Petra Kvitova esteve presente mas também não pôde competir por não se encontrar a 100%), a final deu espaço às “segundas linhas” e a grande figura acabou por ser a jovem Katerina Siniakova (31.ª WTA), que somou dois triunfos — o último dos quais com contornos épicos.

Mas a primeira a vencer na O2 Arena de Praga foi a já bem experiente Barbora Strycova (33.ª), que teve de se aplicar para derrotar a prodígio norte-americana Sofia Kenin (de apenas 19 anos e já número 52 do mundo), por 6-7(5), 6-1 e 6-4. Um aviso para o que aí vinha, mas vamos por partes. Porque antes, a fechar o primeiro dia, a República Checa deu mais um passo de ouro rumo ao título: Katerina Siniakova bateu Alison Riske (63.ª) pelos parciais de 6-3 e 7-6(2) para colocar o resultado em 2-0.

Terminada a jornada de sábado, a mesma Katerina Siniakova voltou ao court na manhã de domingo para defrontar Sofia Kenin num duelo da juventude — e que duelo! Foram precisas 3h44 para se encontrar uma vencedora, com a jogadora da casa a triunfar por incríveis 7-5, 5-7 e 7-5 para levar à loucura uma “arena” esgotada no final daquele que foi um dos encontros mais memoráveis do ano.

No total, verificaram-se 17 breaks de serviço (9 para a checa, 8 para a norte-americana) e até foi Kenin quem “disparou” mais winners (42 contra 24), mas os erros não forçados destruíram a norte-americana — chegou aos 76, enquanto Siniakova se ficou por 43. As investidas à rede foram escassas (apenas nove, com Siniakova a falhar nas cinco ocasiões e Kenin a ser bem sucedida em 50% das jogadas), o que ajuda a explicar o tempo de encontro: muitas e longas trocas de bola do fundo do court num piso não muito rápido.

E assim se fez mais uma conquista da República Checa na Fed Cup. A equipa de Petr Pala voltou a ser bem sucedida, mas o resultado engana: foi preciso trabalhar muito para sair da O2 Arena de Praga com a vitória frente a uns Estados Unidos da América que vinham do título em 2017 (e continuam a ser os recordistas, com 18 edições ganhas).

Agora, férias. A temporada feminina chegou finalmente ao fim e as protagonistas têm de aproveitar os próximos dias para repôr energias. Ainda em novembro começarão a surgir as primeiras fotografias e vídeos de pré-época e no dia 30 de dezembro arranca a nova época, com os torneios International de Shenzhen (China) e Auckland (Nova Zelândia) e o Premier de Brisbane (Austrália).

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