WTA Finals: “Underdogs” surpreendem pelo segundo dia consecutivo

Fotografia: WTA

A edição de 2018 do WTA Finals começa muito bem para as jogadoras “menos cotadas”: depois de um primeiro dia favorável para as tenistas do Grupo Branco que partiam como “underdogs” em termos teóricos, também a jornada inaugural do Grupo Vermelho teve como protagonistas as jogadoras com pior ranking.

No primeiro embate do dia, Sloane Stephens, vice-campeã de Roland Garros e quinta pré-designada, superou Naomi Osaka, campeã do US Open e terceira cabeça de série, pelos parciais de 7-5, 4-6 e 6-1, num encontro com duas partes totalmente distintas e que só ficou resolvido ao cabo de duas horas e 24 minutos.

Com ambas a realizarem o seu primeiro duelo no ‘Masters’ feminino, foi Stephens que prevaleceu num parcial inaugural extremamente equilibrado e que acabou por pender para a número seis WTA num ou outro detalhe. Contudo, Osaka, como seria de esperar, não desistiu assim tão facilmente e levou a decisão a um terceiro e decisivo set graças a uma segunda partida bem conseguida.

Chegadas à “negra”, a terceira classificada do ranking perdeu gás e toda a combatividade que lhe é habitualmente inerente e quem aproveitou foi a mais experiente norte-americana de 25 anos, que arrasaria sem apelo nem agravo a jovem promessa nipónica de 21 para arrecadar o árduo triunfo e iniciar da melhor forma possível a sua participação em Singapura.

A principal surpresa, porém, estaria reservada para o segundo e último confronto desta segunda-feira: Kiki Bertens, que entrou no WTA Finals devido à desistência de Simona Halep nas vésperas do começo da prova, teve uma autêntica estreia de sonho ao recuperar de uma desvantagem de um set a zero para chocar Angelique Kerber com os parciais de 1-6, 6-3 e 6-4.

Oitava favorita no derradeiro evento do ano, Bertens, provavelmente por força da ocasião e dos nervos subjacentes, entrou muito mal no embate, também por mérito da pressão incutida por Kerber, e assim, num ápice, viu-se já numa situação desfavorável no marcador. Só que um embate de ténis não se decide com base num parcial e por isso mesmo a jogadora holandesa, 9.ª WTA, lutou com todas as forças para equilibrar a contenda e conseguiu.

Mais compenetrada nas suas ações e com a estratégia bem afinada, a tenista de 26 anos soube reverter a situação difícil em que se encontrava, ainda para mais perante uma adversária como a número dois mundial e ex-líder da hierarquia, para triunfar no segundo parcial e remeter a discussão para o derradeiro set, onde, novamente, se revelou mais forte e eficaz para contrariar a vice-campeã de 2016 e entrar com o pé direito.

Assim, com o final da segunda jornada fica concluída a jornada inaugural quer do Grupo Branco, quer do Grupo Vermelho, sendo que o que salta à vista é, efetivamente, o facto de em ambos os grupos serem as tenistas menos cotadas dos mesmos quem lideram já com um triunfo cada qual.

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