“Obrigado” a revalidar o título, Federer regressa a Xangai com vitória muito sofrida

Roger Federer 2
Em Xangai, o suíço defende os 1.000 pontos relativos ao título conquistado em 2017.

Um mês e quatro dias depois, Roger Federer regressou. O Masters 1000 de Xangai serviu de palco ao suíço, que obrigado a revalidar o título no maior torneio asiático sofreu muito antes de conseguir derrotar um dos campeões do último fim de semana.

A disputar o primeiro encontro desde a surpreendente derrota para John Millman na quarta ronda do US Open, o tenista suíço de 37 anos sentiu muitas dificuldades para derrotar Daniil Medvedev. Vindo do título em Tóquio, onde venceu o super-favorito da casa Kei Nishikori, o russo cumpriu “o sonho” de defrontar Roger Federer e por pouco não carimbou a surpresa.

Depois de um primeiro set que lhe foi favorável, onde ainda cedeu o serviço numa ocasião e cometeu 11 erros não forçados, chegaram as dificuldades para o número 2 mundial. Federer, que em 2018 raras vezes se conseguiu exibir ao nível da temporada anterior, desperdiçou oportunidades, baixou o rendimento e deu espaço a Medvedev para crescer.

Ora o russo, que está num grande momento de forma (tinha 8 vitórias nas pernas, 7 das quais em Tóquio), aproveitou a circunstância e não só arrancou aplausos ao adversário como quis ter uma palavra a dizer, obrigando Roger Federer a lutar muito — foi o suíço quem teve de salvar break points no início do terceiro set — para garantir o triunfo, pelos parciais de 6-4, 4-6 e 6-4.

Em Xangai, recorde-se, Roger Federer está obrigado a revalidar o título para evitar perder muito terreno no ranking (se o fizer, estará automaticamente a ganhar pontos a Rafael Nadal, que ainda a recuperar abdicou da participação do torneio, mas Novak Djokovic sairá sempre a ganhar porque não defende qualquer resultado e pode roubar-lhe o segundo lugar).

Na terceira etapa, o tenista suíço de 37 anos olha para Roberto Bautista Agut como o seu próximo adversário. O tenista espanhol (28.º do ranking) já esteve no seu caminho em sete ocasiões (cinco em Masters 1000, duas em Grand Slams), e nas sete foi Federer quem levou a melhor.

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