Taça Davis no seu melhor: Vitória épica de Borna Coric travou recuperação louvável dos EUA

Fotografia: Paul Zimmer/Davis Cup

De quase tudo perdido a quase tudo ganho, os Estados Unidos da América estiveram muito perto de completar uma reviravolta que, a acontecer, teria sido épica — e bem ao estilo da Taça Davis. O último dia de ténis em Zadar ofereceu ténis inesquecível a todos os presentes e decidiu a final: a Croácia junta-se à França na grande decisão.

Com as vitórias de Marin CilicBorna Coric no primeiro dia, a eliminatória — desde logo muito difícil para uma equipa americana desfalcada (Jack Sock foi baixa de última hora e John Isner também não marcou presença, para além de um dos irmãos Bryan, que continua lesionado) — parecia decidida. Afinal, a equipa da casa apresentava um melhor leque de jogadores e tinha do seu lado uma vantagem muito, muito confortável.

Mas no ténis e na Taça Davis em particular tudo é possível. E tudo significa mesmo tudo. No sábado, Mike BryanRyan Harrison deram o primeiro passo daquela que se considerava ser uma “Missão: Impossível”, ao vencerem uma maratona de pares que deu a primeira réstia de esperança à equipa visitante.

Depois, já na jornada de domingo, aconteceu a grande surpresa: Marin Cilic, o número 6 mundial e indiscutivelmente a principal figura da Croácia, deixou-se surpreender por Sam Querrey num encontro em que teve várias oportunidades de sair ileso do court — liderou por um set e um break e depois, no tiebreak do segundo parcial, teve cinco break points consecutivos. Mas a janela de oportunidade não se revelou grande o suficiente e foi o tenista norte-americano quem venceu, por 6-7(2), 7-6(6), 6-3 e 6-4, para contra todas as expetativas colocar a igualdade no marcador.

Chegada a hora de todas as decisões, a Croácia dificilmente poderia ter apanhado maior susto: Frances Tiafoe, o finalista da última edição do Millennium Estoril Open, entrou com tudo e colocou o seu país na frente da eliminatória pela primeira vez, ao vencer o primeiro parcial frente a Borna Coric. O croata depressa reagiu, mas Tiafoe não se deu por vencido e voltou à liderança com a vitória num equilibradíssimo tiebreak do terceiro set. Mas depois… Ficou sem gás e do outro lado da rede apareceu aquele que tem sido um dos melhores jogadores da temporada, disposto a ir buscar a vitória (6-7[0], 6-1, 6-7[11], 6-1 e 6-3) e, como o próprio afirmou depois do encontro, viver o melhor momento da carreira… E até da sua vida.

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