Foi há nove anos: Serena Williams ameaçou uma juíz de linha e foi multada em 150.000 euros

Serena Wiliams e juíz de linha
O momento em que Serena Williams ameaçou a juíz de linha Shino Tsurubuchi.

12 de setembro de 2009. Foi neste dia, há nove anos, que Serena Williams foi protagonista de um dos episódios mais polémicos da história do ténis. A propósito da recém-polémica entre a norte-americana com o árbitro português Carlos Ramos, recordamos o acontecimento e consequentes consequências.

O contexto: então campeã em título, Serena Williams defrontava a recém-mamã Kim Clijsters (que tinha estado afastada do circuito para dar à luz a sua primeira filha e por isso precisara de um wild card para competir) na luta por um lugar na tão desejada final.

No final do primeiro set, Serena Williams já tinha sido advertida com uma violação do código por quebrar a raquete. Mais tarde, quando o marcador assinalava 6-4, 6-5 e [15-30], a tenista da casa estava a servir para não perder o encontro. E é então que falha a colocação do primeiro serviço e, no segundo, lhe é assinalada uma foot fault (falta de pé) — indicação dada pelo juíz de linha quando o tenista que está a servir pisa os limites do campo (definidos, no caso, pela linha de fundo).

Não satisfeita com a decisão, Williams dirige-se à cadeira da juíz de linha Shino Tsurubuchi (entretanto mundialmente conhecida devido ao episódio) e diz-lhe que lhe ia “meter a p*** da bola pela p*** da garganta abaixo.” Nas imagens vê-se a árbitra de cadeira Louise Engzell a chamar a sua colega de profissão, que a informa do sucedido.

As consequências: Depois de Louise Engzell, também Brian Earley (juíz-árbitro do US Open) e Donna Kelso (supervisora) ouvem o relato da juíz de linha, que resulta numa segunda violação de conduta e consequente point penalty para Serena Williams. Assinalando o marcador 6-4, 6-5 e [15-40] (a dupla falta assinalada resultou na perda do ponto em questão), a decisão resultou na perda do encontro por parte da norte-americana.

Dois meses mais tarde, chegaram consequências de dimensões até aqui nunca vistas: o comité dos torneios do Grand Slam resolveu multar Serena Williams em 175.000 dólares (aproximadamente 150.000 euros) devido ao comportamento no encontro em questão, valor que se traduziu na maior multa da história em Majors devido a mau comportamento.

Apesar de ter decidido contra a suspensão de Serena Williams, em função do seu passado sem “discussões significativas com oficiais do torneio”, o comité aplicou ainda uma “liberdade condicional” de dois anos a Serena Williams, o que significou que se nas duas épocas seguintes Serena Williams voltasse a cometer alguma ofensa seria suspensa do US Open seguinte e a multa chegaria, então, aos referidos 175.000 dólares — com a “liberdade condicional”, o valor a pagar no momento foi reduzido a 82.500 dólares (70.960 euros).

Um passado com história

Outro dos episódios polémicos de Serena Williams em Flushing Meadows celebrou esta terça-feira, dia 11 de setembro, o seu sétimo aniversário. Aconteceu na final feminina de 2011 (o ano do regresso ao US Open, dado que em 2010 tinha estado lesionada), que a norte-americana viria a perder para a australiana Samantha Stosur.

Depois de perder o primeiro set por 6-2, a norte-americana enfrentou um break point no primeiro jogo do segundo parcial e estava encaminhada para salvar o ponto, mas celebrou ainda antes da adversária ter oportunidade de responder à bola. A árbitra, Eva Asderaki, seguiu as regras e assinalou-lhe “intentional hindrance” (a penalização dada quando um tenista interfere com a jogada antes de estar terminada) e o ponto foi para Samantha Stosur, que assim fez o break.

À discussão inicial, seguiram-se ameaças e insultos, entre os quais um “és feia por dentro” e, pouco mais de 24h depois, uma multa de 2.000 dólares (aproximadamente 1.720 euros).

No primeiro vídeo é visível o momento em que Serena Williams se precipitou nos festejos e, no segundo, a troca de argumentos e o insulto à árbitra de cadeira durante a troca de lados:

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