Licença de maternidade será considerada na definição das cabeças de série do US Open

Serena Williams.
Fotografia: Roland Garros

US Open, quarto e último Grand Slam da temporada, irá passar a ter em conta a licença de maternidade de jogadoras de topo no processo de atribuição dos lugares de cabeça de série do torneio, informa o The New York Times. Esta é uma medida que nunca teve aplicação prática no circuito profissional, mas que pretende a sua adoção por parte de outros torneios profissionais.

Assim, uma tenista que sofra uma enorme queda no ranking resultante da sua ausência devido a gravidez, como ocorreu com Serena Williams, poderá vir a ser cabeça de série no torneio norte-americano. E apesar de ainda não terem sido feitas promessas relativamente ao caso específico de Serena Williams, é possível que a detentora de 23 títulos do Grand Slam seja cabeça de série já na próxima edição do US Open. 

De acordo com Katrina Adams, presidente da United States Tennis Association, as tenistas que regressam ao circuito após uma gravidez não deverão ser “penalizadas” por quererem dar início a uma família, razão que motiva a aplicação desta medida. Para Adams, forçar uma jogadora a regressar ao circuito, após a maternidade, com uma classificação mais baixa do que aquela que tinha quando se ausentou equivale a pedir a uma executiva de topo que regresse à sua empresa, após ser mãe, numa posição inferior.

Porém, a medida proposta pela USTA não é consensual. Apesar de certas jogadoras, como Simona Halep e Petra Kvitova, considerarem que a maternidade é um motivo válido para a inclusão de jogadoras como Serena no lote das cabeças de série, outras não o fazem, como acontece com a atual número 24 do mundo, Barbora Strycova.

Foi com o regresso de Serena Williams ao circuito profissional após o nascimento da sua filha Alexis, cuja ausência por motivo de gravidez fez com que a tenista norte-americana abandonasse o primeiro posto da hierarquia mundial, tendo chegado a cair para a 491.ª posição, que surgiu a discussão respeitante à inclusão de tais jogadoras no grupo das cabeças de série em torneios do Grand Slam.

Recorde-se que John McEnroe defendeu recentemente que Serena Williams deveria ser cabeça de série já em Wimbledon.

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