O plano a 10 anos da Federação Britânica para o atingir o topo do ténis mundial

Murray-Edmund
Andy Murray e Kyle Edmund, as duas pérolas do ténis britânico. Daqui a uma década, quem lhes irá suceder?

Possuidores de uma estratégia e objetivos bem delineados, a Lawn Tennis Association (Federação Britânica de Ténis) anunciou esta terça-feira o primeiro grande passo do seu plano a 10 anos para o “desenvolvimento de futuros campeões”.

Apesar de, nos tempos recentes, terem em Andy Murray um ícone do ténis mundial e em Kyle Edmund o potencial de seguir as suas pisadas, os responsáveis britânicos reconhecem que o crescimento da modalidade na região e a elevação ao estatuto de referência mundial é apenas possível através da aposta ao nível júnior e juvenil.

Como tal, a primeira fase do ambicioso projeto passa pela criação de duas Academias Nacionais que irão albergar jogadores com idades compreendidas entre os 13 e 18 anos, nas cidades de Stirling (na Escócia) e Loughborough (no centro de Inglaterra). Os complexos — com inauguração definida para setembro de 2019 — irão proporcionar condições de excelência aos 32 jovens selecionados para o programa, tanto ao nível da educação escolar, como de treino, preparação física, saúde, entre outros.

Adicionalmente, vão ser criados 11 centros de desenvolvimento a nível regional destinados a crianças entre os 10 e os 14 anos. Estes locais — espalhados por toda a Grã-Bretanha — servirão como ponto de partida para, mais tarde, procederem a uma transição para as referidas Academias Nacionais.

Entre a estrutura responsável pelo aconselhamento estratégico e desenvolvimento do plano constam nomes de relevo no panorama do ténis britânico como Jamie Delgado (treinador de Murray), Sam Smith (ex-jogadora, antiga número um britânica) e Tim Henman (ex-número quatro mundial).

Nas palavras do responsável máximo Scott Lloyd, ao website oficial da LTA: “O sucesso recente deu ao ténis britânico um enorme impulso. A nossa prioridade agora é construir sobre esse sucesso. Reconhecemos que no passado nem sempre fomos consistentes na nossa abordagem ao desenvolvimento dos jogadores. A nova estratégia foi desenhada com vista a criação de futuros campeões britânicos, que continuem a inspirar outros a jogar, assistir e apreciar o desporto nas gerações vindouras”.

Já Simon Timson, responsável pela performance da Federação, não hesita em resumir a grande meta deste projeto: “Os Centros Regionais e as Academias Nacionais irão ajudar-nos a concretizar o nosso objetivo de tornar a Grã-Bretanha numa das nações mais respeitadas no mundo no que toca ao desenvolvimento de jogadores”.

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