Grande circunstância, grande duelo: Nadal derrota Djokovic rumo à 10.ª final em Roma

Rafael Nadal vs. Novak Djokovic. Um ano e uma semana depois, dois dos melhores jogadores da história do ténis voltaram a cruzar caminhos. E foi um grande batalha aquela que protagonizaram no Foto Italico, com o espanhol a levar a melhor para vencer, por 7-6(4) e 6-3, e chegar pela 10.ª vez(!) à final do Masters 1000 de Roma, em Itália.

Não há palavras que façam justiça aos números e não há números que façam justiça aos acontecimentos. Número 2 do ranking mundial, Rafael Nadal procurava a 10.ª vitória em 10 meias-finais no torneio italiano; já Novak Djokovic, atual 18.º, queria vencer pela 9.ª vez em 9 meias-finais. E o 51.º duelo entre ambos acabou por sorrir ao mais cotado dos dois, que assim reduz o frente-a-frente para a margem mínima — 26-25 para Djokovic.

Já com títulos em Barcelona e Monte Carlo esta temporada, foi Rafael Nadal quem entrou melhor. Porque está em melhor forma — quer fisicamente, quer em termos de confiança — não foi surpresa vê-lo a adiantar-se com um break no marcador; foi, sim, surpreendente (e agradável) ver Djokovic reagir como reagiu, equilibrando ao máximo o primeiro parcial para dar aos milhares de espetadores que compuseram o court principal de um dos palcos mais famosos do circuito um verdadeiro espetáculo.

O primeiro set, em que a direita inside out de Nadal e as esquerdas cruzadas de Djokovic lembraram outros tempos — afinal, “velhos são os trapos” — só se concluiu após 71 minutos de encontro.

E o segundo, apesar de mais curto (foi Nadal quem, uma vez mais, entrou melhor), também encheu os olhos a quem o viu. Porque o equilíbrio foi uma constante e o bom ténis também, com os dois tenistas a encaixarem no jogo um do outro e forçarem o adversário aos ajustes e testes do costume, que marcam uma rivalidade Grande e, por isso, recheada de encontros inesquecíveis.

Este, apesar de não estar no mesmo patamar que muitos dos seus antecessores, não deixou a desejar. E isso, sobretudo atendendo ao momento de um dos intervenientes (Djokovic disputava, em Roma, as primeiras meias-finais desde que em Wimbledon 2017 colocou um ponto final na temporada), já quer dizer muito.

O que é que se segue? A 10.ª final de Rafael Nadal no Internazionali BNL d’Italia, com o tenista maiorquino de 31 anos a querer erguer o troféu máximo pela 8.ª vez e aumentar, dessa forma, para 78 o número de títulos conquistados no circuito. Se o fizer, chegará a Roland Garros com o mesmo número de títulos que em 2017 — 3 — e, claro, ainda mais confiança.

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