Treinador de Thiem admite: “Se o Rafa não tem um dia mau não o vais derrotar”

Em Barcelona para acompanhar Dominic Thiem no segundo torneio ATP mais importante a realizar-se em solo espanhol, Galo Blanco não tem dúvidas: ou Rafael Nadal tem um dia mau, ou é impossível de bater. E aqui o mais importante a ter em conta talvez seja que estas são palavras do treinador daquele que é visto como o jogador com mais capacidades de fazer frente ao “Rei da Terra Batida” na sua superfície predileta.

“É claro que tens de tentar fazer alguma coisa, mas é muito complicado”, começou por revelar o técnico do atual número 7 mundial numa entrevista ao portal Punto de Break, que está no terreno a cobrir aquela etapa do circuito ATP. “Já ganhou 11 vezes em Monte Carlo, vai seguramente ganhar 11 vezes em Barcelona… Há que trabalhar muito a cada dia para procurar as pequenas falhas que tem em terra batida, que são muito poucas. Se tiver um dia mau há que o aproveitar, mas se não tiver não o vais derrotar.”

Na verdade, o domínio de Rafael Nadal no pó de tijolo é tão impressionante que Galo Blanco afirma nunca ter visto nada assim. “O mais parecido é o [Roger] Federer na relva. Para que se perceba o domínio, se puseres um jogador muito bom a jogar a nível amador, um que seja muito superior a todos os outros, é muito difícil que mesmo ele ganhe onze torneios sociais. Digo isto para se compreender o quão “animal” é ganhar 11 vezes em Monte Carlo.

O pupilo também foi motivo de conversa

Porque treina um jogador do top 10 mundial, a entrevista de Blanco ao portal espanhol não poderia ficar concluída sem que este falasse, naturalmente, de forma extensa sobre o trabalho que tem feito com Dominic Thiem.

E quando o assunto chega não hesita em afirmar que “quando está bem fisicamente, é complicado que haja outro jogador a poder-lhe ganhar [em terra batida, para além de Nadal], mas há sempre um Grigor Dimitrov, um Novak Djokovic ou um Stan Wawrinka que também estão a um excelente nível.

Por isso, não é de estranhar que seja esta a altura do ano que os dois aguardam com maior expetativa e que de certa forma fechem os olhos a um início de época menos positivo. Afinal, como o próprio Blanco afirma, “a lesão que teve em Indian Wells e que o fez parar por quase cinco semanas não ajuda. Nem tínhamos pensado ir a Monte Carlo, onde acabámos por ir mas sem estar a 100%. Lá ganhou um par de encontros em que o vi a jogar muito bem mas depois apareceu o Rafa e passou-lhe por cima, o que para mim foi normal. Agora, em Barcelona, já não tem dores e estamos finalmente a trabalhar a 100% e de acordo com o que tínhamos em mente.”

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