Francisca Jorge: “Entrei em campo ciente de que não há jogos impossíveis”

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O torneio desta semana de Hammamet perdeu, esta terça-feira, a sua segunda cabeça de série, Alice Matteucci (441.ª). A responsável pelo afastamento da italiana é a jovem tenista portuguesa Francisca Jorge (796.ª), que em declarações ao RAQUETC referiu que esta vitória “foi de certeza das melhores” da sua ainda muito curta carreira.

Para eliminar a tenista italiana de 22 anos, já bastante rotinada nestes torneios, a vimaranense teve de se recompor do match point perdido na segunda partida, agarrando posteriormente o saboroso triunfo num terceiro set de sentido único.

“Eu entrei para o campo sabendo que não iria ser um jogo fácil, nunca é, mas também ciente de que não há jogos impossíveis, por isso estava tranquila e fiz o meu jogo. Entrei muito focada a conseguir dominar o jogo. O segundo set já foi mais equilibrado e quando tive o primeiro match point e o perdi, fiquei a pensar um bocado nisso e fui-me um bocado abaixo. No terceiro set entrei como se nada se tivesse passado e concentrei-me apenas no que tinha de fazer e fui feliz no resultado final”, analisou.

Francisca Jorge derrotou uma jogadora que apresenta no palmarés cinco títulos de campeã de singulares e mais de dez averbados em competições de pares e que há sensivelmente dois anos era a 319.ª classificada do ranking mundial. Melhor vitória da carreira? “Não sei ao certo se posso dizer que foi ‘a melhor’, nem sabia desses números, mas foi de certeza das melhores. As vitórias a este nível são todas muito boas”, sublinhou.

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Só esta quarta-feira é que a atual campeã nacional absoluta ficará a saber com quem medirá forças na segunda eliminatória da prova tunisina (Guadalupe Rojas ou Margaux Bovy). “Vou ver um bocado do jogo delas e avaliar os aspetos positivos e negativos e elaborar um plano de acordo com o meu tipo de jogo e com as condições adversas (muito vento)”, contou.

O ano de 2017 terminou com chave de ouro (título na Beloura) e 2018 começou com uma chamada à seleção portuguesa da Fed Cup, onde participou em três embates de singulares e dois de pares frente à Grã-Bretanha (recebeu, inclusive, elogios por parte de Heather Watson pelo jogo que fez). O objetivo passa por continuar a evoluir, sem conferir demasiada importância ao ranking.

“Eu ando a trabalhar bem para tornar os meus sonhos, agora objetivos, realidade e tenho-me dedicado muito para que isso aconteça. Vamos ver como corre. Eu não gosto muito de delinear um ranking porque é algo que mexe muito e depende de muitas variáveis, por isso apenas posso dizer que espero alcançar o melhor ranking possível este ano e ver a minha evolução ao longo do ano”, frisou.

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