“Não vai ser fácil, mas trabalho todos os dias para ser número 1”, atira Jelena Ostapenko

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Fotografia: Qatar Tennis

A atravessar um inicio de temporada menos conseguido, Jelena Ostapenko não esconde que o extraordinário triunfo em Roland Garros no ano passado representou o ponto de viragem na sua carreira. A menina acabava de se tornar uma mulher.

Em entrevista ao jornal espanhol Marca, a estrela letã abordou diversos tópicos relativos ao seu percurso profissional. Ela que, com apenas 18 anos, surpreendeu tudo e todos ao vencer o titulo em Doha. Agora com 20, no mesmo torneio, acaba de ficar aquém das expectativas ao ser eliminada prematuramente na segunda ronda.

“Tenho muitas saudades desses tempos. Porque tudo mudou depois de vencer Roland Garros, agora é mais duro porque toda a gente me quer ganhar. Isso faz com que tenha de preparar os jogos muito bem e jogar a um nível muito alto, o que não é fácil devido a todas as viagens e ao cansaço”, começou por reafirmar.

No que toca à sua performance em 2018, a atual número seis do ranking mundial não esconde: “Claro que esperava melhores resultados em Shenzhen e Sydney, mas o objetivo era jogar bem no Australian Open. Lá joguei dois bons jogos e perdi na terceira ronda, mas há que dar crédito à minha rival”, admite humildemente antes de revelar o motivo que julga estar por trás dessas exibições. “Acho que viajei demasiado. Tailândia, Abu Dhabi, China, Sydney e Melbourne. Penso que numa semana, mudei cinco vezes de horário”.

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Jelena Ostapenko saiu derrotada, esta quarta-feira, do duelo com Mihaela Burzanescu. Fotografia: Qatar Tennis

Colocando os olhos no futuro, já com um titulo do Grand Slam na prateleira, define como principal objetivo o extremamente disputado número um do ranking mundial. Apenas no último ano, foram seis as jogadoras que ocuparam o posto.

“Estou pronta para ser a sétima. No ano passado houve imensas mudanças e isso mostra que o nível das tenistas do top 10 é bastante semelhante. É uma boa oportunidade para as novas gerações figurarem lá em cima. Não vai ser fácil ser a número um, mas trabalho todos os dias para isso”, ambiciona.

Sem ilusões, Ostapenko reconhece que é necessário em primeiro lugar establecer objetivos a curto prazo. Esses são claros: “Manter-me no top 10 e jogar o melhor possível nos Grand Slams. A nível de ténis, ser mais consistente no meu jogo”, concluiu.

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