A estreia a capitão, a diferença de ser treinador e o futuro da Espanha: Bruguera falou-nos de tudo

Sergi Bruguera
Depois de 4 anos como treinador de um tenista de topo, espanhol abraça em 2018 um novo desafio

MARBELLA – Aos 47 anos, Sergi Bruguera viveu este fim de semana mais um momento marcante na sua carreira. E até mesmo inesquecível: estreou-se como capitão da equipa espanhola da Taça Davis e logo com uma vitória, frente à Grã-Bretanha. O RAQUETC esteve no terreno a acompanhar a eliminatória e no final falou com o agora treinador e capitão.

Sobre a passagem de treinador (esteve quatro anos com Richard Gasquet) a capitão, e os contrastes entre as duas funções, o espanhol diz que “ser capitão de uma equipa da Taça Davis é completamente diferente de ser treinador de um jogador.” E explica de forma detalhada:

“Enquanto treinador tens de estar focado num só jogador e tudo está relacionado com ele. Na Taça Davis, em primeiro lugar estás a representar o teu país, o que é uma grande responsabilidade, e tens de gerir vários jogadores e não apenas o que acontece em court, mas também escolher quem joga, quando joga, etc. Também tens de te certificar que estão todos motivados mas isso é fácil porque obviamente estão, porque estão a representar o país, mas tens de gerir como é que se sentem porque se metes um a jogar isso significa que o outro não o pode fazer. Há muito mais coisas a fazer, é uma grande responsabilidade”, disse Bruguera.

Visivelmente satisfeito — afinal, minutos antes os seus comandados tinham derrotado a Grã-Bretanha por 3-1 para seguir para os quartos de final do Grupo Mundial da Taça Davis –, o campeão de Roland Garros em 2003 e 2004 afirmou ter sido “muito mais fácil estar no banco como capitão do que no camarote, como treinador”.

Como diz Bruguera, “o banco é uma vantagem porque posso sentar-me com o jogador, explicar-lhe ou ficar a saber o que está a acontecer, trocar impressões sobre tática ou técnica, enfim, é muito mais fácil. Tenho tempo para explicar e receber mensagens mais facilmente do que do exterior. A única vantagem de estar de fora é que tens uma perspetiva que te permite ler melhor o que está a acontecer no court.”

À “pergunta de ouro”, isto é, quando questionado sobre o que é preciso para levar a Espanha ao título em 2018, Sergi Bruguera mostrou-se cauteloso, preferindo focar-se apenas no próximo embate. “Temos de nos concentrar na Alemanha, que considero ser um dos adversários mais difíceis de receber, porque também têm jogadores que jogam muito bem em terra batida, como o Zverev, o Kohlschreiber, o Struff, são todos jogadores muito bons e que fazem da Alemanha uma adversária muito, muito difícil.”

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