Dois em um: Caroline Wozniacki conquista o tão desejado Grand Slam e regressa ao 1.º lugar do ranking

Caroline Wozniacki
Nove anos depois da primeira final, dinamarquesa conquistou este sábado o seu primeiro título em Grand Slams / Fotografia: Tennis Australia

Caroline Wozniacki pode finalmente respirar de alívio. A dinamarquesa derrotou Simona Halep por 7-6(2), 3-6 e 6-4 e é a nova campeã do Australian Open, o que significa que no seu currículo passa a constar o tão desejado primeiro título num torneio do Grand Slam. E não se fica por aqui: com a vitória em Melbourne, regressa ao primeiro lugar do ranking.

match points. Foi este o número de vezes em que as duas jogadoras estiveram a apenas um ponto de se despedirem do Australian Open numa das rondas anteriores. A romena frente a Lauren DavisAngelique Kerber, duas jogadoras que a levaram a “maratonas”, e a dinamarquesa perante Jana Fett, que liderou por 5-1 e 40-15 no terceiro set da segunda ronda.

Só por isso, a final deste Australian Open já era histórica: pela primeira vez na Era Open, duas jogadoras chegavam à final de um Grand Slam tendo salvo match points pelo caminho. Mas mais, muito mais havia a contar: é que frente a frente na Rod Laver Arena estavam, também pela primeira vez na história, uma número 1 mundial e uma número 2 mundial à procura do primeiro título em Grand Slams.

E se este “conto” tanto tinha para contar, as duas jogadoras muito tinham… A jogar. Foi, por isso, necessária uma terceira partida para se conhecer a nova campeã de torneios do Grand Slam, com Caroline Wozniacki a sorrir por último para fechar com uma página dourada um capítulo por escrever há nove anos, quando disputou pela primeira vez a final de um torneio do Grand Slam (foi vice-campeã no regresso de Kim Clijsters aos grandes títulos).

Mas não sem muito batalhar até à glória chegar, porque tal como ela também Simona Halep é uma verdadeira guerreira. Assim, ao início em que a frescura (quer física, quer mental) e melhorias fundamentais no jogo da dinamarquesa de 27 anos fizeram a diferença, seguiu-se um desenvolvimento muito equilibrado.

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Porque se do lado dinamarquês o serviço evoluiu – agora é uma arma com que realmente pode contar, ao ponto de escolher servir em primeiro lugar numa grande ocasião como esta — e a direita (cada vez mais agressiva e recheada de top spin) está a criar mais danos às adversárias, do lado romeno a perseverança esteve sempre lá.

Mesmo se o desgaste se fez sentir desde cedo, mesmo se precisou de chamar o médico do torneio ao court e medir a tensão arterial, Simona Halep nunca desistiu. E manteve-se de tal forma em jogo que forçou mesmo um terceiro parcial, onde, aí sim e já depois de uma pausa de 10 minutos, Caroline Wozniacki foi a mais resistente.

A dinamarquesa soube recuperar o foco e não deixou que os 10 minutos de pausa permitidos pela heat rule (acontece quando estão mais de 30 graus, e em Melbourne estavam 31 às 21h30…) “ajudassem” Halep, entrando desde cedo de forma ofensiva no parcial decisivo para ser a primeira a quebrar.

Depois, e num duelo que brindou os espetadores com uma mistura entre a principal característica das duas jogadoras com um ténis ofensivo (porque as duas misturaram de forma perfeita as longas trocas de bola com vários winners nos mais variados momentos do duelo), foi uma questão de ser paciente. E cuidadosa. E inteligente.

Até que, quando estavam decorridas 2h51 de encontro, o momento de Caroline Wozniacki chegou:

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Nove anos depois, o suspiro

Ao sagrar-se campeã do Australian Open, Caroline Wozniacki pode finalmente respirar de alívio. Depois de ter passado 67 semanas no topo do ranking com a constante pressão de nunca ter ganho um torneio do Grand Slam, a dinamarquesa coloca um ponto final nesse capítulo com a vitória em Melbourne.

E mais: recupera o estatuto de melhor tenista do planeta, ao subir de novo ao primeiro lugar da tabela classificativa. A subida faz, aliás, de Caroline Wozniacki a jogadora com um maior período de espera entre “reinados”, dado que tinha ocupado a posição cimeira do ranking pela última vez em janeiro de 2012, há exatamente seis anos.

Será este o início de um novo capítulo para “Miss Sunshine”?

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