Discretamente, Madison Keys está a realizar mais uma excelente campanha num torneio do Grand Slam. Quatro meses depois de ter chegado à final do US Open, a tenista norte-americana já está nos quartos de final do Australian Open, onde há três anos chegou às meias-finais.
Na madrugada desta segunda-feira, a jogadora de 22 anos derrotou a francesa Caroline Garcia por claros 6-3 e 6-2, confirmando um bom momento de forma e seguindo em frente ainda sem perder qualquer set. Pouco depois, em conferência de imprensa, analisou a sua prestação: “Sinto que estou a jogar um ténis muito sólido e consistente e o encontro de hoje foi um exemplo disso mesmo. Servi e respondi muito bem, mas não acho que tenha jogado de forma inacreditável. Joguei de forma sólida e inteligente.”
“Não procurei pancadas inacreditáveis nem coisas semelhantes. Estava à espera da bola certa e a confiar que ia tomar as decisões certas até ter a oportunidade de as concretizar. Não acho que seja um ténis diferente [do que apresentou no passado], é sim um pouco mais consistente”, analisou ainda Keys, que é a 20.ª classificada do ranking WTA.
Segundo a norte-americana, o “segredo” para a forma que apresenta neste momento passa por “estar a aproveitar o tempo que passo no court. No ano passado senti muito a falta do ténis e no início do ano não estava a jogar bem. Depois apercebi-me que assim que deixo as coisas acontecerem e confio em mim e jogo o meu jogo, coisas boas começaram a acontecer e a dar resultado. Por isso foco-me nisso e não em pôr demasiada pressão em mim própria.”
Apesar de ter ganho ainda antes de Angelique Kerber, a norte-americana analisou, em conferência de imprensa, o historial de encontros frente à jogadora alemã, que será a sua próxima adversária. Até ao momento, a ex-número 1 mundial venceu 6 dos 7 encontros disputados, mas dois deles — em Eastbourne (ganho por Keys para erguer o título) e Charleston, ambos em 2015 — foram a terceiro set.
“Ela é sempre uma jogadora difícil de defrontar. É muito boa jogadora, já foi número 1 e ganhou Grand Slams. Tem uma capacidade incrível de cobrir o court e antecipar como mais nenhuma jogadora o faz, por isso para mim trata-se de ter de jogar de forma agressiva e consistente, porque sei que ela vai fazer mais três bolas do que a maioria das raparigas consegue. Por isso não posso ter pressa ou tentar algo grande na primeira pancada. Tenho de trabalhar os pontos.”
