Vaidade. Isso mesmo, e repetimos para que não tenha dúvidas, vaidade. É este o motivo apontado por Thanasi Kokkinakis como causa da lesão que aos 19 anos quase colocou um ponto final na sua carreira.
As surpreendentes (e honestas) revelações foram feitas pelo tenista natural de Adelaide ao 20FOUR. Em plena Hopman Cup, e antes de viajar para a sua cidade tendo em vista a participação no World Tennis Challenge, “The Kokk” abriu o jogo: “Sou um idiota. Agora que olho para trás, é provavelmente o meu maior arrependimento.”
E esclarece: “No final de 2015 comecei a levantar pesos porque ouvi que a Nike ia trazer de volta as camisolas sem mangas. Por isso pensei, “ok, tenho de ‘inchar’ um pouco. Foi uma péssima ideia. E depois o meu ombro ficou ‘tramado’. Lembro-me que estava a voltar a casa, num táxi, e quando ia a dar o meu cartão de crédito ao condutor não consegui levantar o braço. Tomei umas injeções de cortisona e pensei ‘estou tramado’.”
Na mesma entrevista, o australiano (que em 2015 chegou a ser número 69 mundial) conta ainda que “sabia que ia ter de ser operado” e que isso o “destruiu”, tal como a recaída que sentiu quando, 12 semanas de recuperação depois, voltou a pegar na raquete. “Fiz um serviço e senti que o meu ombro se tinha deslocado outra vez. Só conseguia pensar ‘eu não consigo aguentar isto'”.
Numa verdadeira maré de azar, Kokkinakis sofreu outros dois problemas físicos (“rasgou” o peitoral e sofreu de uma pubalgia) antes de conseguir estar novamente a 100%. É esse, aliás, o seu grande objetivo para este ano, em que certamente procurará dar seguimento ao que iniciou em 2017, quando fez a estreia em finais do circuito ATP (em Los Cabos, México).
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