Aos 36 anos, Julien Benneteau prepara-se para dar início àquela que será a sua última temporada enquanto tenista profissional. E se é verdade que, até à data, o facto de não ter conquistado um único título do ATP World Tour pode conferir-lhe um amargo de boca, por outro lado, a conquista da “saladeira” em novembro último veio preencher, de certa forma, o vazio deixado pela ausência de títulos no principal escalão da modalidade.
“Ainda não sei quantos torneios vou jogar. A minha ideia é tentar manter-me competitivo, tal como estive no último Masters de Paris [chegou às meias-finais]. Não quero jogar torneios só por jogar, sem me interessar pelo resultado”, afirmou o finalista vencido de dez torneios ATP em entrevista ao Le Figaro, admitindo que esperar jogar em Wimbledon. “Sim, certamente. No entanto, para o resto da época, há um grande ponto de interrogação”.
Julien Benneteau integrou a comitiva francesa da Taça Davis na final frente à Bélgica, em Lille, mas acabou por não ser opção para o selecionador Yannick Noah. Ainda assim, o antigo 25.º classificado da lista mundial não desvaloriza a sua presença no seio do grupo.
“Quinta-feira [dia anterior ao início da final], às 16h00, eu estava no court a treinar com o Richard [Gasquet] e dei o meu máximo para o preparar o melhor possível. Depois conversámos e dei-lhe algumas dicas. Talvez eu tenha feito apenas 0,1% do trabalho, mas foi o meu papel naquele fim de semana”, contou.
O anúncio da renovação de contrato de Yannick Noah foi, naturalmente, bem recebido por Benneteau. “É totalmente legítimo que ele continue. Ele disse-nos: ‘Pessoal, eu quero continuar porque vivi bons momentos com vocês e agora quero revivê-los’. Todos dissemos que sim. Desde a época dos mosqueteiros [décadas de 20 e 30] que a França não vence a Taça Davis duas vezes seguidas. Yannick quer fazê-lo. É este o desafio”, frisou.
