Sharapova: “Senti-me mal e sozinha durante o tempo que estive sem jogar”

Sharapova US Open
Fotografia: USTA/Darren Carroll

O regresso à competição esteve longe de ser um mar de rosas para Maria Sharapova. Enfrentando o olhar desconfiado de várias colegas de profissão e lutando contra os seus próprios receios, a antiga número 1 mundial admitiu em entrevista à revista alemã Sport Bild que “foi um choque” voltar a competir.

“Tinha idealizado na minha mente como seria [o regresso]. Na noite anterior ao início do torneio [de Estugarda, em abril], dormi melhor do que nunca. Imaginei todos os cenários, estava pronta. Senti-me normal. Mas foi um choque regressar à competição, pois ninguém consegue treinar para isso”, afirmou a russa, que só perdeu nas meias-finais da prova.

Maria Sharapova em ação frente a Kristina Mladenovic durante o torneio de Estugarda

Maria Sharapova esteve suspensa durante 15 meses por doping e salientou que os tempos passados longe dos courts foram difíceis de superar. “Sempre fui uma pessoa forte. É assim que sou vista e é assim que também me vejo. Mas durante o tempo em que estive sem jogar senti-me mal e sozinha. Muitas pessoas à minha volta disseram-me que cresci como pessoa durante esse tempo”, sublinhou.

Aos 30 anos, e depois de colocado para trás das costas o pior momento da sua carreira, Sharapova só pensa em continuar a jogar e até tem um objetivo bem definido. “Quero estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Mas se isso não acontecer, também não será uma deceção”, vincou a atual 59.ª posicionada da hierarquia mundial.

Direta e sem papas na língua, a campeã de cinco torneios do Grand Slam voltou a afirmar que não tem amigas no circuito. “De certa maneira, o ténis é um desporto muito individualista. Estamos sozinhos no court e temos uma equipa que trabalha só connosco. É lá que faço o meu trabalho e é onde estou totalmente concentrada. Nunca me distraio. Fora dos courts tenho uma vida completamente diferente, aí sou outra pessoa”, assegurou.

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