Belinda Bencic: “Não quis esperar mais um mês para poder usar o ranking protegido”

Belinda Bencic
Tenista suíça venceu 28 dos últimos 31 encontros disputados e nos últimos 15 só perdeu um set

Primeiro em São Petersburgo, depois Hua Hin, Taipei e, por fim, no Dubai. O regresso de Belinda Bencic ao circuito profissional após uma lesão preocupante no pulso dificilmente poderia ter corrido melhor e prova disso é a subida da suíça no ranking mundial.

Quando disputou o primeiro encontro em mais de cinco meses, Bencic era a 312.ª classificada do ranking. Agora, fruto dos bons resultados, figura no 74.º posto — e tem 28 vitórias nos últimos 31 encontros. Numa entrevista ao website oficial da WTA, Women’s Tennis Association, a jogadora fez uma reflexão dos últimos meses e falou sobre algumas das opções que tomou.

O PULSO QUE A ASSUSTOU

Devido ao acumular de jogos ao longo das temporadas de 2015 e 2016, as primeiras da helvética no circuito profissional masculino, o pulso esquerdo começou a acusar demasiadas dores. Durante nove meses, Belinda Bencic ainda conseguiu adiar o inevitável, mas no início deste ano decidiu que não podia esperar mais.

“Um dos tendões continuava a ‘saltar’ para fora do sítio no pulso e por isso tive de ser operada. Agora está completamente bom e por isso estou muito grata ao cirurgião”, começou por dizer.

Concluída, a operação — que por si só era de um certo risco — forçou a ex-número 7 mundial a uma longa recuperação. Durante 2 meses, Belinda Bencic não pôde pisar um court de ténis e quando esse período de tempo terminou demorou até poder executar a pancada de esquerda.  “O começo foi muito difícil porque fiquei com muitas dúvidas. Estava muito nervosa e pensava ‘será que ajudou, foi o passo certo?'” Mas foi, e ao fim de 5 meses tudo acabou por ‘compensar’.

HUMILDADE NO REGRESSO

Apesar da tenra idade (tem apenas 20 anos), Belinda Bencic foi muito humilde na hora do regresso à competição. Oportunidades não faltaram, mas como refere “não me sentia nada pronta para, depois de cinco meses sem jogar, aceitar um wild card para Tóquio ou outro torneio com quadros super fortes. Foi uma decisão relativamente fácil.”

“Também decidi não usar o ranking protegido porque ao fim de cinco meses estava pronta para jogar. Não queria esperar mais um mês, porque já não teria torneios como Linz ou Luxemburgo. Por isso comecei mais cedo e com o meu ranking mais fraco. O objetivo era entrar no qualifying do Australian Open e só à última hora é que cheguei ao quadro principal. Se não tivesse ganho no Taipei não teria conseguido”, acrescentou.

Agora que olha para trás, Belinda Bencic afirma ter sido “uma boa decisão. Joguei muitos encontros, participei em torneios de forma silenciosa e isso foi muito bom para mim. Estou habituada a torneios ITF, não foi como se fosse uma coisa nova para mim. Foi normal.”

Segue-se uma nova temporada, com novos objetivos e, se tudo continuar a correr como nas últimas semanas, o regresso aos lugares cimeiros, àqueles onde já se habituou (e provou) a estar. Afinal, em fevereiro de 2016 tornou-se na mais nova desde Caroline Wozniacki a chegar ao top 10 mundial, ao posicionar-se na 7.ª posição.

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