There’s a new king in town: Grigor Dimitrov derrota David Goffin e conquista o ATP Finals

Fotografia: Thomas Lovelock/ATP World Tour

Há um novo rei em Londres. Chama-se Grigor Dimitrov, tem 26 anos e conquistou este domingo o Nitto ATP Finals, ao derrotar David Goffin por 7-5, 4-6 e 6-3 para erguer o troféu mais importante da carreira. É a cereja no topo do bolo para o búlgaro, que acaba 2017 como começou: a ganhar.

Ambos com 26 anos, Dimitrov e Goffin conhecem-se desde tenra idade (o primeiro encontro entre ambos data de 2010, quando o búlgaro venceu o belga na final de um Future na Alemanha) e já se tinham defrontado em Londres esta semana, na fase de grupos. Quis o destino que os dois se qualificassem para a final e dessem aos presentes uma nova edição da sua rivalidade.

Se nos grupos o domínio do tenista búlgaro ficou bem patente (só perdeu dois jogos), este domingo o equilíbrio foi bem maior e, por isso, Dimitrov precisou de três sets para terminar como vencedor. Não foi fácil, nada fácil, e o começo do encontro ficou mesmo marcado pelos muitos nervos apresentados de parte a parte.

E porque houve nervos, o nível de ténis que os dois praticaram nas meias-finais (Dimitrov derrotou Jack Sock, enquanto Goffin surpreendeu o por seis vezes campeão Roger Federer) demorou a aparecer. Os três breaks verificados nos quatro primeiros jogos colocaram esse início tímido ainda mais evidente e parecia ser o belga aquele em melhores condições de fazer a primeira ferida.

Assim foi, até porque o “aviso” que Dimitrov lhe dera no encontro da fase de grupos não poderia ser mais evidente, mas a baixa-guarda do búlgaro teria um fim. Foi ao 2-4 que o momentum da final mudou e o novo número 3 do ranking mundial — posição conseguida com a vitória nas meias-finais — passou para a liderança.

Uma liderança que conseguiu agarrar a partir do momento em que compensou de forma mais eficaz o espaço vazio deixado pela sua preferência pela pancada de direita (que até então estava a dar muito espaço no court a David Goffin) e passou a ler melhor o jogo. Se o belga apostava e muito numa maior potência e colocação no seu primeiro serviço — que só conseguiu colocar em 51% das ocasiões –, o búlgaro subiu os níveis de eficácia.

Embalado pela vitória no primeiro parcial, que fechou após um jogo de resposta de 10 minutos e ao 5.º set point, Grigor Dimitrov parecia dono e senhor do encontro até que ao sétimo jogo, depois de ter tido a sua oportunidade para se adiantar, sofreu o break. O búlgaro baixou a guarda e o belga aproveitou, conseguindo assim fazer a diferença necessária para, pouco depois, igualar a contenda.

Chegados ao terceiro set — foi a 11.ª vez em 15 encontros nesta edição do Nitto ATP Finals que um duelo foi à distância –, o registo era favorável a David Goffin. A jogar “em casa” no que a terceiros sets diz respeito, porque em 2017 tinha ganho 22 dos 27 encontros realizados nessa condição, o belga passava, assim, a ter o favoritismo do seu lado. Mas… Not so fast.

Mantido o equilíbrio, os dois jogadores precisaram de batalhar muito até que se fizesse a diferença, e essa diferença foi conseguida por Dimitrov à segunda oportunidade que teve para quebrar no quinto jogo. A esquerda de Goffin não entrou, o búlgaro quebrou e, assim, agarrou o 4-2, que lhe “bastou” confirmar com o serviço dos dois jogos seguintes para garantir a suada mas tão saborosa vitória. E que vitória!

Estavam então decorridos 144 minutos de encontro quando Grigor Dimitrov se sagrou campeão do Nitto ATP Finals. Um título que significa o terminar perfeito de uma época que o viu vencer logo à primeira semana e na qual chega à terceira posição do ranking — precisamente aquele em que terminará o ano.

2017 foi, sem dúvida, o melhor ano da carreira para o jovem búlgaro que há muito era apontado como uma das peças do futuro do ténis. Assim, passam a ser oito os troféus de campeão detidos pelo tenista natural de Haskovo (quatro deles conquistados em 2017, ano em que disputou ainda a final de Estocolmo).

Quanto a David Goffin, o belga também tem motivos para celebrar: este foi, igualmente, o melhor ano da sua carreira e vai terminar como número 6 mundial (e com mais dois títulos no palmarés). Mas as férias não são para já: há ainda a final da Taça Davis a disputar, final essa em que será a principal esperança do seu país na visita a França, no início do mês de dezembro.

Quanto ao ATP World Tour, até 2018!

Total
0
Shares
Total
0
Share