Uma réplica que “já esperava” e uma “grande confusão” por falta de hábito. A estreia de João Sousa no Nacional em declarações

Fotografia: Federação Portuguesa de Ténis

BELOURA – Foi um primeiro encontro repleto de emoção aquele que viu João Sousa derrotar Gonçalo Falcão rumo aos quartos de final do Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto.

O tenista vimaranense, número 1 nacional, acabou por vencer por 7-5 e 7-6(3) em quase duas horas de encontro e pouco depois comentou, em conferência de imprensa, vários aspetos do seu encontro frente ao compatriota.

A réplica que “já esperava”…

Sobre o encontro propriamente dito, João Sousa começou por dizer que “esperava réplica, não esperava era ter jogado a um nível bastante inferior ao que tenho vindo a jogar durante todo o ano.”

Atualmente no 58.º posto do ranking ATP, o “pupilo” de Frederico Marques acrescentou ainda que “desci muito ao nível dele, adaptei-me mais ao nível dele do que propriamente chamar o jogo ao meu nível e a verdade é que as coisas foram complicadas. Ele teve set points em ambos, eu consegui jogar bem nesses momentos, servi muito bem e depois consegui ser um bocadinho superior nos momentos decisivos.”

“Muita confusão”… Pelas melhores razões

Durante o encontro foi visível a falta de hábito por parte de João Sousa relativamente à ausência de apanha bolas. Habituado a ter os “pequenos-grandes” auxiliares em vários pontos do campo, o tenista português teve de se adaptar e, admite, isso fez-lhe “muita confusão.”

“Já há muito tempo que eu não jogava sem apanha bolas, pelo menos desde 2010 ou 2011 e no início isso fez-me muita confusão. São tempos de jogo completamente diferentes e até me habituar a isso andei um bocado ‘à nora’, são coisas que acontecem”, revelou com boa disposição.

Houve até tempo para “um warning curioso”…

Ao terceiro jogo, mandou uma raquete ao chão, mas foi já na parte final do encontro que João Sousa recebeu um warning da parte do árbitro de cadeira, um episódio que classificou como “curioso.”

“Estranhei ele dar-me um warning porque não disse nada de mal. Sinceramente, se ele percebeu búlgaro dou-lhe os meus parabéns, mas mesmo falando búlgaro não disse nenhum palavrão”, garantiu, acrescentando depois que “não foi nenhuma asneira nem nada referente ao árbitro”, apesar de ter preferido manter para si a tradução.

“Fazia mais sentido por eu ter atirado a raquete ao chão logo no início do jogo mas pronto, ele é um ser humano, está aqui a tentar fazer o trabalho dele e achou correto dar-me o warning.”

Vem aí Tiago Cação, um dos jogadores do Centro de Alto Rendimento

O próximo adversário de João Sousa é Tiago Cação, um dos jogadores que integra a equipa masculina do Centro de Alto Rendimento, no Jamor, e que hoje derrotou Nuno Deus em três parciais. “Há uns anos”, começou por contar o mais experiente dos jogadores, “ele veio à Academia e bati umas bolas com ele, mas sinceramente não me lembro de muito. Sei que é um jogador do CAR e vai ser mais um encontro exigente.”

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