João Antunes: “Queremos fazer uma coisa parecida com o que se faz, por exemplo, em França”

Uma história por dia. Ao longo dos próximos sete dias, o RAQUETC vai fazer a cobertura no terreno do Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto 2017. E, de forma a aproximar ainda mais os leitores daquela que é a “prova rainha” do ténis nacional — e dos que a protagonizam –, vamos procurar trazer uma história por dia para lá dos relatos do que se passa dentro do campo.

No fim de semana de qualificação, falámos com João Antunes. Treinador, está atualmente no CIF – Club Internacional de Foot-Ball, onde trabalha “com alguns atletas mais velhos, de alto rendimento, e outros mais novos.” Neste novo projeto, liderado por Manuel “Manecas” de Sousa, pai de Pedro Sousa, “a ideia é agarrar num clube como o CIF, que tem muitas crianças, e conseguir desenvolver um bom trabalho na área da formação de jovens até à alta competição.” Mas já lá vamos.

Inês Murta, André Murta, João Domingues, Madalena Peneda, Beatriz Costa, Maria Reis e Diogo Morais são alguns dos jogadores com que esta equipa de cerca de cinco treinadores trabalha diariamente. São níveis, objetivos e jogadores diferentes, o que requer uma gestão e trabalho constante tendo em vista a evolução constante dos diversos grupos, que incluem também jogadores de sub 10 e sub 12.

Para isso, a equipa de trabalho do clube lisboeta quer “criar uma linha de montagem com pessoas competentes a trabalhar na base, na transição dos jovens para o profissionalismo e também no trabalho com os profissionais. Somos entre cinco a seis treinadores e cada um tem a sua responsabilidade, mas claro que acaba por se fazer um pouco de tudo.”

“Queremos fazer uma coisa parecida com o que se faz, por exemplo, em França. A Federação Francesa de Ténis faz um trabalho muito interessante da base até ao topo e nesse sentido queremos ter uma coluna vertebral em fase ascendente, tendo uma base larga da pirâmide e não apenas três ou quatro jogadores. É esta a nossa linha de pensamento.”

E com que objetivos partem para o Campeonato Nacional?

Inicialmente, a “armada” do CIF no Campeonato Nacional Absoluto era constituída por três jogadores, mas esta segunda-feira ficou reduzida a um. Madalena Peneda venceu a primeira ronda da qualificação mas caiu na segunda, às mãos da primeira cabeça de série Vera Carvalho, mas foi mais uma semana “para crescer, enfrentar e superar desafios”. Situação semelhante à de Marco Wright.

No caso de Inês Murta, a situação é completamente diferente: a tenista algarvia é a primeira cabeça de série e, citando o seu treinador, “está nitidamente a jogar para ganhar o Campeonato Nacional Absoluto”.

“Mas temos de ver que a Inês nunca ganhou o Campeonato Nacional e por isso tem muita vontade, muita ‘gana’ mas é uma situação que tem de ser gerida e vista passo a passo. Porque jogar uma ronda é diferente de uma final, defrontar uma adversária nova é diferente de uma com quem já jogou, etc. Há coisas que têm de ser faladas dia a dia, encontro a encontro e preparadas consoante o desafio”, completou.

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