Semana mais perfeita não podia pedir: Jack Sock campeão em Paris agarra apuramento para Londres

Fotografia: Rolex Paris Masters 2017

Jack Sock. É dele o último grito de vitória no calendário regular da “primeira divisão” do circuito masculino, com o norte-americano a sagrar-se campeão do Rolex Paris Masters — o ATP Masters 1000 de Paris — ao derrotar Filip Krajinovic, por 5-7, 6-4 e 6-1, para conquistar o título mais importante da carreira, entre mais algumas coisas.

Para melhor compreender a importância de um duelo imprevisto — afinal, estamos a falar de um dos 10 torneios mais importantes do calendário ATP, no qual não constam os torneios do Grand Slam — é preciso olhar para o que estava em jogo nesta final:

Para Filip Krajinovic, tenista natural de Sombor que teve um passado promissor manchado por lesões, tratava-se da hipótese de se tornar no terceiro jogador da história a ganhar um torneio tão importante enquanto qualifier. A primeira vez aconteceu em Hamburgo 1996, pelas mãos de Roberto Carretero, e a segunda, cinco anos mais tarde, no mesmo palco, mas com a assinatura de Albert Portas.

Já para Jack Sock, o norte-americano que nem estava a viver um 2017 propriamente feliz via-se, de repente, com a hipótese de se tornar no primeiro jogador do seu país a vencer um Masters 1000 desde Andy Roddick, em 2010, mas, mais do que isso, colocar um ponto final na série de 69 Masters 1000 consecutivos ganhos por tenistas europeus (a última vitória de um jogador de outro continente fora precisamente essa, de Roddick, em Miami).

Mas para o norte-americano havia ainda outros “pequenos grandes” detalhes em jogo: em caso de vitória, a estreia no top 10 mundial, o final de ano como número 1 do seu país e, sobretudo, a inédita qualificação para o ATP Finals. Por todas estas razões, a final do Rolex Paris Masters merecia ser acompanhada com a mesma ou talvez mais atenção do que as dos torneios de igual dimensão. No pressure, right?

E a verdade é que o encontro não desiludiu: o primeiro set foi extremamente equilibrado e Krajinovic precisou de recorrer a uma espécie de mini-prolongamento para o vencer, por 7-5, e colocar-se mais perto do sonho. Só que a resposta de Jack Sock não tardou e o norte-americano conseguiu o break logo à entrada no segundo parcial. O reforço da investida não tardou e num piscar de olhos o marcador já apontava 4-1 a seu favor. O norte-americano ainda viria a perder por uma ocasião o serviço, mas o set não lhe escapou.

Com tudo empatado, foi tempo de Jack Sock colocar o pé no acelerador e fechar sem dificuldades o encontro no terceiro set, quebrando por três ocasiões e levando assim para casa o título mais importante da carreira.

Feitas as contas, esta foi a semana perfeita para Jack Sock: o norte-americano torna-se no primeiro do seu país a conquistar um título tão importante (no circuito masculino, claro está) desde Andy Roddick e vai terminar o ano como número 1 do país fruto do 9.º posto do ranking a que vai chegar, um novo máximo da carreira claro está.

A curto prazo, as atenções devem, no entanto, focar-se num outro aspeto: é que com esta reviravolta, Jack Sock troca as voltas a Pablo Carreño-Busta, que depois do primeiro set até poderá ter começado a festejar mas acaba a semana com um sabor bem amargo. Isto porque quem fica com o oitavo e último lugar no Nitto ATP Finals é mesmo o jogador norte-americano. Mais uma estreia.

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