Ex-top 55 mundial vai terminar a carreira após o Australian Open

Sam Groth (235.º) anunciou esta terça-feira em entrevista ao jornal Herald Sun que irá dar por encerrada a carreira já no fim da próxima edição do Australian Open, uma decisão que afirma estar na sua cabeça desde julho.

“É algo em que tenho pensado desde Wimbledon. Fui a Newport, um torneio onde joguei muito bem no passado, qualifiquei-me, venci uma ronda e estava a jogar contra o John Isner no court central e parte de mim não queria estar ali”, confessou o ex-número 53 mundial.

“O meu problema nunca foi competir. Antes de ser número 53 mundial, a minha única preocupação era trabalhar o suficiente. Isso tornou-se a parte fácil, mas estar fora e competir longe de casa tornou-se complicado”, afirmou.

Presença assídua na equipa australiana da Taça Davis e com várias participações nos quadros principais dos torneios do Grand Slam, o ‘gigante’ australiano diz-se satisfeito com o que alcançou ao longo dos 13 anos de carreira.

“Toda a gente soube a minha história. Estive lesionado, um ano de fora e regressei. Agora acabou”, disse, recordando de seguida o ano de 2015, em que venceu a medalha Newcombe, prémio que distingue o tenista do ano na Austrália.

“2015 foi um grande ano. Fizemos meias-finais na Taça Davis, aqueles inacreditáveis quartos de final em Darwin foram um dos meus melhores sentimentos. Joguei no Centre Court de Wimbledon, fiz terceira ronda na Austrália e acabei com a medalha de Newcombe”, comentou.

Sam Groth jogou contra Roger Federer em pleno Centre Court de Wimbledon em 2015

“Estou muito feliz e contente por olhar para trás e recordar esses momentos. Faz com que seja mais fácil retirar-me”, confessou ainda o tenista de 30 anos, conhecido por ter disparado o serviço mais veloz do mundo (263 km/h) no Challenger de Busan, Coreia do Sul, em 2012.

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