Mais uma semana, mais uma final para Rafael Nadal (e o número 1 cada vez mais seguro)

As semanas passam e Rafael Nadal continua a apresentar-se a um grande nível. Depois do título no US Open, que o fez regressar às conquistas em pisos rápidos pela primeira vez desde janeiro de 2014, o número 1 mundial tornou-se Rei de Pequim e, já este sábado, deu mais um passo importante em terras chinesas, ao carimbar o apuramento para a final do ATP Masters 1000 de Xangai.

Apesar desta não ser a sua superfície favorita, Nadal tem vindo a conseguir resultados e exibições cada vez mais convincentes em piso rápido ao longo do ano (começou com as finais no Australian Open, Acapulco e Masters 1000 de Miami) e parece decidido em segurar o primeiro posto do ranking.

Numa ‘luta a dois’ com o eterno rival Roger Federer, o espanhol sabe que parte sempre em vantagem: tem mais de 2.000 pontos de diferença para o suíço e até poderia ter garantido o posto no final do ano já esta semana, caso Federer não chegasse às meias-finais. Ainda assim, todos os passos em Xangai são importantes — muito importantes — e o facto deste sábado ter derrotado Marin Cilic por 7-5 e 7-6(3) joga a seu favor.

É que, com a passagem à final, Rafael Nadal evita uma grande diferença de pontos à saída da China mesmo no pior dos cenários (isto é, Roger Federer ganhar hoje e amanhã, ficando com o título).

Mas vamos ao jogo, porque foi com Marin Cilic que o espanhol de 31 anos jogou este sábado. Com o croata como adversário pela sexta vez, Nadal tinha o frente-a-frente do seu lado e também o momento de forma. Mas isso, já se sabe, pouco ou nada pode dizer frente a um adversário tão perigoso como Cilic (que segunda-feira se vai estrear a número 4 do mundo) e foi necessário trabalhar bem para obter a vitória em dois parciais.

No primeiro parcial, a questão ficou decidida com um break já na reta final, ao 11.º jogo e depois de várias vantagens e tentativas de “salvamento” por parte de Cilic. O segundo set foi diferente: apesar de Nadal ter sido o primeiro a fazer o break — e bem cedo — o tenista croata foi rápido a reagir, situação que se verificou novamente já no final do parcial, com Cilic a impedir Nadal de fechar o jogo do seu serviço e a adiar a decisão para um tiebreak, onde aí sim, o espanhol conseguiu fazer a diferença.

Carimbado o apuramento para a 10.ª decisão do ano, Rafael Nadal fica agora a aguardar pelo vencedor de mais um encontro de luxo — Roger Federer mede forças com Juan Martin del Potro e já afirmou que quer a desforra da derrota para a ‘Torre de Tandil’ em Flushing Meadows — para conhecer o seu adversário na final de amanhã, onde tentará conquistar pela primeira vez o título num dos poucos torneios Masters 1000 onde nunca venceu.

O número 1 cada vez mais seguro (agora em números)

Com a passagem à final do Shanghai Rolex Masters, Rafael Nadal chega aos 10.465 pontos no ranking mundial e distanciase ainda mais de Roger Federer, que tem 7.865. O suíço poderá, no entanto, aumentar para 8.105 a sua pontuação caso vença o duelo marcado ainda para este sábado.

Se se verificar um encontro entre ambos na grande final de domingo, a diferença poderá ficar próxima dos 3.000 pontos ou inferior aos 2.000. Tudo depende do campeão: se Rafael Nadal se sagrar campeão, fica com 10.865 pontos e Roger Federer com 8.105; se, pelo contrário, for o suíço o vencedor da prova, chega aos 8.505 pontos e o espanhol sai de Xangai com 10.465.

Independentemente do resultado, a corrida ao estatuto de número 1 mundial no final do ano não fica decidida esta semana (para isso, Federer teria de ter perdido antes das meias-finais e Nadal sagrar-se campeão), pelo que as próximas serão igualmente interessantes de se acompanhar neste capítulo. Curiosamente, os dois arquirrivais devem partilhar calendário até ao final de 2017: Basileia (ATP 500), Paris (ATP Masters 1000) e Londres (ATP Finals).

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