Pete Sampras sobre Federer e Nadal: “É ótimo para a modalidade ver o reacender desta rivalidade”

O norte-americano Pete Sampras, antigo número um do Mundo e hoje com 46 anos de idade, deu uma entrevista ao jornal britânico The Independent na qual abordou vários assuntos da atualidade do ténis, nomeadamente relacionados com Andy Murray, Novak Djokovic, o duelo entre Rafael Nadal e Roger Federer e ainda as novas estrelas que surgem na modalidade.

No que diz respeito a Murray e Djokovic, que colocaram um ponto final na temporada para recuperar das respetivas lesões, Sampras acredita que voltarão ambos na máxima força em 2018: “Acho que, ao tirarem tanto tempo para descansar, vão voltar com muita vontade e determinação. Estou certo de que tanto o Novak [Djokovic] como o Andy [Murray] vão estar na luta pelos Majors no próximo ano”, afirmou.

No que toca apenas a Murray, o norte-americano não tem dúvidas de que, se este conseguir ultrapassar a lesão recorrente na anca, voltará a ser a força que sempre foi: “Pode ser o mesmo de sempre? Sem dúvida. Não vejo nada capaz de parar o Andy do ponto de vista tenístico. É um dos melhores do Mundo. É apenas uma questão de jogar bem na altura certa. A única coisa que o pode puxar para trás são as lesões, porque ele depende muito da sua movimentação. Quando consegue movimentar-se e sair de situações complicadas como ele faz, as coisas complicam-se para toda a gente. Mas assim que ele volte a jogar, vai competir por todos os Majors. Só espero que ele recupere e consiga voltar a estar a 100%.”

O grande tema da atualidade é, no entanto, outro: Rafael Nadal, Roger Federer e a batalha pelo trono. O maiorquino, de 31 anos, conquistou recentemente o seu 16.º troféu do Grand Slam e, de acordo com Sampras, pode muito bem desafiar o recorde do helvético, que conta com 19 triunfos em Majors.

“Conseguirá o Rafa bater o recorde do Roger? Basicamente depende apenas do Rafa e do quanto ele quer jogar, do quanto ele ama o jogo. Se ele disser que joga até aos 35 anos, eu diria que então tem uma grande oportunidade de o fazer. Se fizermos as contas ele terá muitas oportunidades de vencer esses torneios e ele tem a mente e o coração para continuar a vencê-los. Será sempre um favorito em Roland Garros e, apesar de Wimbledon ser um problema, nos outros dois Slams estará sempre entre os dois principais favoritos. Realmente depende apenas dele e de ele querer jogar até aos seus 30 e muitos como o Roger”, disse.

Mas o atual terceiro classificado na lista de tenistas com mais torneios do Grand Slam – atrás de Federer e Nadal – também não descarta o campeoníssimo suíço: “Existe a diferença de idades [entre Federer e Nadal]. Cinco anos já é alguma coisa no ténis. Depende de quanto mais tempo o Roger quer continuar, se ele está a divertir-se e de como o seu corpo aguentará. Acho que é ótimo para a modalidade ver o reacender desta rivalidade. É algo marcante.”

A concluir, Sampras disse estar impressionado com três das novas estrelas da modalidade: Alexander Zverev, Denis Shapovalov e Dominic Thiem. O canadiano é, contudo, aquele que mais elogios merece: “Gosto muito da atitude dele. Tem muita energia, tem um grande jogo e possui todas as pancadas”, concluiu, insistindo ainda que Zverev e Shapovalov serão os dois melhores jogadores do Mundo assim que os mais velhos se retirarem.

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