Um número 1 cada vez mais campeão: Nadal conquista em Nova Iorque o 16.º título do Grand Slam

La Décima, o regresso ao topo do ranking e, agora, a terceira vitória em Nova Iorque. 2017 está a ser um ano recheado de conquistas históricas para Rafael Nadal e este domingo o tenista espanhol voltou a brilhar para conquistar o US Open pela 3.ª vez na carreira, reforçando o estatuto de segundo maior campeão da história em torneios do Grand Slam.

E é uma verdadeira sensação de flashback aquela que todos os seguidores da temporada têm sentido: depois do Australian Open, de Roland Garros e de Wimbledon, também o US Open termina com um campeão chamado ou Roger Federer ou Rafael Nadal. Pela primeira vez na história, aliás, os dois dividem de forma igual os títulos dos quatro Majors.

Mas voltemos a Flushing Meadows, New York: a jogar pela 23.ª vez na carreira uma final de um torneio do Grand Slam, o tenista maiorquino de 31 anos enfrentou o estreante e também trintão (31) Kevin Anderson, o jogador que entre os 64 presentes na metade inferior do quadro aproveitou os muitos “buracos” deixados rapidamente por cabeças de série que caíram mais cedo do que o esperado (e outros que, por lesões várias, nem puderam participar no torneio).

Para chegar à final, o sul-africano derrotou JC aragone, Ernests Gulbis, Borna Coric, Paolo Lorenzi, Sam Querrey e Pablo Carreño-Busta e tentava este domingo fazer história para o seu país, mas encontrou um adversário demasiado forte. Um adversário que dominou o encontro ao neutralizar a sua grande área, o serviço, e a apresentar-se com uma tremenda eficácia em, diga-se, todos os capítulos. Foi assim que a vitória chegou em três parciais, com 6-3, 6-3 e 6-4.

As estatísticas comprovam-no: Nadal esteve muito melhor no capítulo de serviço (onde ganhou 84% dos pontos com o seu primeiro saque e 70% com o segundo, contra 73% e 36% por parte de Anderson, respetivamente); o espanhol foi igualmente melhor na resposta, forçando por inúmeras vezes o número 32 do ranking a ir às vantagens; e soube travá-lo quando este tentou tomar a iniciativa, impedindo-o de vencer 16 dos 16 pontos que disputou à rede. Em sentido inverso, também na parte da frente do campo Nadal se revelou uma verdadeira parede: saiu por cima de 16 dos 34 pontos em que subiu à rede.

Determinado e implacável. Foi este o Rafael Nadal que se apresentou em Flushing Meadows ao longo dos últimos 15 dias, é este o Rafael Nadal que em pleno Artur Ashe Stadium — o maior estádio de ténis do mundo — ergue o troféu de campeão do US Open.

É a terceira vez que o faz (a primeira foi em 2010, quando completou o Grand Slam de carreira, e a segunda em 2013) e isso permite-lhe chegar aos 16 títulos em torneios Major, consolidando o segundo lugar na lista de jogadores com mais títulos no circuito masculino, só atrás de Roger Federer (que o derrotou na final do Australian Open e depois ainda venceu em Wimbledon).

Sete anos depois, o ténis volta a assistir a uma temporada em que só Roger Federer e Rafael Nadal conquistam títulos do Grand Slam no circuito masculino (na altura, o suíço venceu o primeiro e o espanhol os restantes três) e ao renascer de gigantes. Mas porque é de Rafael Nadal que hoje se tem de falar, que época vai vivendo o espanhol: depois de conquistar “La Décima” em Roland Garros e de regressar ao primeiro lugar do ranking pela primeira vez em mais de três anos, ergue o seu primeiro troféu em piso rápido desde Doha 2014.

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