Kitzbühel: Philipp Kohlschreiber impediu a festa de João Sousa e festejou em casa emprestada

Não terminou da forma desejada a final entre João SousaPhilipp Kohlschreiber, com o tenista alemão a levar a melhor sobre o tenista luso (6-3 e 6-4) para impedir aquele que seria mais um dia histórico para o ténis português e conquistar o oitavo título da carreira num palco austríaco que é… A sua casa.

Frente a frente pela quarta vez, até era João Sousa quem liderava o confronto direto (2-1) frente a Philipp Kohlschreiber, mas os dois nunca se tinham defrontado em terra batida e muito menos em finais de torneios ATP.

Apesar de serem ambos bastante experientes, é Kohlschreiber (número 47 do mundo) quem está mais habituado a jogar finais de torneios e é melhor sucedido: enquanto João Sousa tinha, até hoje, 2 títulos em 8 finais, o germânico de 33 anos tinham 7 títulos e 9 finais perdidas.

Mas vamos ao jogo: com casa cheia, foi João Sousa quem entrou a fundo na final e conseguiu o primeiro break. Só que um encontro de ténis, já se sabe, é uma corrida de fundo e não se decide apenas nos primeiros jogos, pelo que o número 3 alemão teve margem para recuperar.

Sem sinais da lesão que o forçou a abandonar o ATP 500 de Hamburgo, Philipp Kohlschreiber passou a ditar o ritmo do set e conseguiu adiantar-se no marcador. O segundo parcial foi em muito parecido ao primeiro: João Sousa entrou melhor, teve break points e conseguiu concretizá-los, mas não soube manter a vantagem e, no final, foi o germânico quem celebrou. Desta vez, não uma “simples” vitória mas sim o título, o oitavo da carreira e segundo neste torneio, que há tinha ganho há dois anos.

Em Kitzbühel, João Sousa procurava conquistar o terceiro título da carreira (depois de Kuala Lumpur, em 2013, e Valência, em 2015), naquela que foi a nona final e segunda este ano — já tinha perdido a de Auckland. Ao falhar esse objetivo, o vimaranense passa a registar um saldo de 2-7 em finais do circuito ATP, que apesar de não tão positivo quanto certamente desejaria — bem como todos os seus seguidores — faz com que seja cada vez de forma mais acentuada o melhor tenista português de todos os tempos.

Não tendo terminado da forma desejada, o torneio austríaco entra, ainda assim, para a história do ténis português por isso mesmo: foi o décimo a ver um representante português marcar presença na final (o primeiro a consegui-lo foi Frederico Gil, no Estoril Open 2010, e a partir daí sempre João Sousa).

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