Cada vez mais perto da Glória: João Sousa está na final do ATP 250 de Kitzbühel

Kitzbühel. O nome da cidade austríaca merece ser recordado porque já é sinónimo de história para o ténis português: esta sexta-feira, João Sousa alcançou mais uma vitória — a quarta consecutiva — na terra batida do Generali Open e garantiu um lugar na final de um torneio do circuito ATP pela nona vez. Amanhã, sábado, será dia de lutar por mais um troféu.

Em Gstaad o aviso já tinha sido feito e agora, cada vez com mais ritmo, confiança e um bom conjunto de vitórias, o tenista vimaranense de 28 anos repetiu o que já tinha feito em Auckland, logo na sua primeira semana da época: selou o apuramento para uma final, ao derrotar Sebastian Ofner, o tenista sensação de Wimbledon, pelos parciais de 7-6(4) e 7-6(4).

Na bagagem, Sousa tinha já os importantes triunfos perante Mikhail Youzny, Paolo Lorenzi e Gerard Melzer, e nem o facto de defrontar um tenista da casa constituía novidade, porque tal como Ofner — que é treinado por Wolfgang Thiem, pai de Dominic Thiem –, também o mais novo dos irmãos Melzer é austríaco.

Assim, estavam reunidas condições para que o estádio de Kitzbühel (que está perfeitamente integrado no cenário paisagístico que o rodeia) fosse menos assustador para o português do que para o jovem austríaco, estreante em meias-finais de torneios ATP.

E o decorrer do encontro confirmou isso mesmo: Ofner, que desta vez não precisou de um voucher presente para comprar mais peças de equipamento, encontrou em Sousa um adversário difícil de derrubar. Foi o português quem se mostrou sempre mais confortável em campo e foi o português quem, quando corridos 121 minutos de encontro, ficou com a vitória. A quarta em cinco dias em Kitzbühel.

Depois de Kuala Lumpur, Bastad, Metz, Genebra, Umag, São Petersburgo, Valência e Auckland (a negrito as finais que conseguiu ganhar, respetivamente em 2013 e 2015), vai disputar pela nona vez a final de um torneio ATP 250.

Tal como as de Bastad, Genebra e Umag, também esta será em terra batida, uma superfície sempre referida como a predileta do ténis português mas na qual, curiosamente, não ergueu nenhum dos dois troféus de campeão até agora conseguidos. Será desta? O ténis português assim espera, porque como diz o ditado — e permitam-nos uma ligeira alteração –, “não há dois títulos sem três”.

O adversário deste sábado será Philipp Kohlschreiber, que na primeira meia-final do dia derrotou Fabio Fognini (campeão em Gstaad no passado fim de semana) por 7-5 e 6-3.

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