O torneio de Umag marcou definitivamente a carreira de Andrey Rublev. Depois de ter sido derrotado na fase de qualificação, o jovem russo foi repescado para o quadro principal, venceu cinco encontros e agarrou o seu primeiro título em torneios do escalão máximo.
“É incrível. Não tenho palavras para explicar, especialmente depois desta semana difícil e de todos os sentimentos que tenho experimentado nos últimos tempos. Contudo, agora já passou e dentro de dois dias tenho um novo encontro para disputar e preciso estar pronto a 100%”, salientou o russo, em declarações ao website do ATP World Tour.
Rublev recordou os tempos que passava em frente à televisão a assistir aos torneios que, segundo o próprio, um dia gostaria de ganhar. “Quando eu era criança, queria vencer Grand Slams e torneios ATP, todos aqueles eventos que estava a ver na televisão. Estava a assistir e a pensar que um dia também os ganharia. E agora arrecadei o primeiro título ATP. É incrível. Agora é hora de trabalhar, para tentar voltar a fazê-lo”, afirmou.
O título conquistado em solo croata permitiu a Andrey Rublev (49.º), de 19 anos, integrar o top 50 mundial pela primeira vez na carreira, esta segunda-feira. O russo, que em junho tinha chegado aos quartos de final do torneio de Halle, não está preocupado com balanços da temporada, mas apenas em melhorar dia após dia.
“Apenas procuro fazer o meu trabalho, tentando dar o melhor todos os dias. Tento ser mais estável e trabalhar em alguns aspetos que preciso de melhorar. É nisto que centro atenções. Não penso se estou a ter uma boa época ou não, porque, como se viu nesta semana, perdi na qualificação, o que devia representar algo menos bom para mim, e agora ganhei o torneio e tudo ficou perfeito. O mais importante para mim é dar o meu melhor todos os dias”, analisou.
Questionado sobre os tenistas que admirava durante a sua adolescência, Rublev apontou três nomes. “Gosto do Federer, naturalmente, todos gostam dele. Em criança era grande fã do Safin. Depois vi um jogo do Rafa [Nadal] pela primeira vez e comecei a copiá-lo. Comprava roupa igual à dele. Tinha 11 anos e a minha t-shirt era o dobro do meu tamanho. Naquela altura vestia t-shirts sem mangas e calções compridos. Tinha toda a coleção de roupas dele”, lembrou.
